quinta-feira, junho 18, 2020

Saudade de Conquista

Morei em Conquista até os 16 anos e amava a cidade, tipo "o melhor lugar do mundo é aqui". Lembro-me que meu tio Walter dizia que para eu sair de Conquista só se fosse amarrada.
Mas, não precisou, em 1968, mudei para Salvador. E costumava dizer, que todas as férias iria para Conquista. Acho que só fui na primeira e passei apenas 15 dias. No ano seguinte era ano de vestibular e tinha que estudar. E assim foi passando o tempo...

Daí em diante, de vez em quando ia a Conquista, para no máximo um final de semana, e sempre a sensação que não era aquele lugar que morei. Será por que passo o tempo todo na casa de tia Amelinha ou de Norma e nem vejo a cidade? Planejo para a próxima vez... e sempre um pouco decepcionada. Um dia finalmente numa dessas idas, resolvi andar pela cidade e assim o fiz. Passei umas 2 horas andando aleatoriamente por lugares conhecidos e tudo era estranho, não via uma pessoa conhecida. Nesse dia compreendi que eu estava procurando uma cidade que não existia mais.

A Conquista dos anos 60 era outra. Uma cidade que tinha menos de 100.000 habitantes, que conhecíamos todo mundo nos lugares que frequentávamos. Então na volta, escrevi esse "poema", se é que pode ser chamado de poema, e guardei. Nem me lembrava mais e agora nesses dias de pandemia, arrumando velhos papéis, encontrei e foi uma surpresa. Eis aí no post abaixo.

Um comentário:

Celia disse...

É claro que não é mais o mesmo ambiente, mas as lembranças das situações vividas são impagáveis e únicas. Lembra do portão que jogávamos pedra para o cachorro latir e depois fugir, até que fomos desmascaradas? De Cabeção, com sua voz profunda dizendo "dá uma esmola pelo amor de Deus"? de Paulina, com suas poesias?

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