Enquanto não surge outro, ou este mesmo não seja cada vez
mais aprimorado, o sistema democrático de governo, a meu ver, representa o
melhor modelo para o bem-estar de um povo, permitindo a dinâmica que leva o
cidadão a trilhar por vários caminhos, até encontrar aquele que o conduz ao seu
pessoal destino.
Nesse sistema, como ocorre no Brasil, três poderes se
encontram na linha de frente do País: Executivo, Judiciário e Legislativo. Mas
o brasileiro carrega o aprendizado calcado no ensinamento promovido pela
“Grande Universidade Prática de Ensino”
que foi o sistema colonial e imperial escravocrata, e que operou no Brasil
durante cerca de quatrocentos anos. Foram os grandes mestres dessa “Universidade”
o senhor colonizador, o senhor dos Pampas, o senhor do café, o senhor de engenho e o senhor
da seringueira. Esses “mestres” se colocavam na plenitude do Direito, do Poder,
do Conhecimento, da Sabedoria e da Inteligência, quando, então, o brasileiro
aprendeu metodologia de trabalho, principalmente de gestão, e até mesmo de
conduta. Para o brasileiro, com relação à administração pública, o Poder
responsável por tudo, o faz tudo, o culpado por tudo é o Executivo. Judiciário
e Legislativo passam em branco.
Diante de ocorrência
localizada, com conseqüências danosas para a população, moradores das
proximidades bradam: a culpa é do prefeito; noutros municípios do mesmo estado,
a reclamação: a culpa é do governador; e pelo país afora o povo denuncia: o
culpado é o presidente da República. Se o presidiário condenado é liberado, indultado por tempo
determinado para visitar familiares, não retorna a prisão e comete crime grave,
a culpa é do presidente da República. E por aí vai... Judiciário e Legislativo
não são cobrados. Por essas e outras, passeata neles, neles todos – Judiciário,
Executivo e Legislativo – já que políticos não cumprem a contento seus afazeres
de cobradores, executores e fiscalizadores. Pessoas sérias, inteligentes,
através de modernos meios de comunicação podem conduzir a sociedade a um novo
modelo de cobrança. Por ai, quem sabe o Brasil se resolve?
Sem radicalizar, vejo que o PT fez e faz muito do bem para o
País. Deve ter feito também, e m parte, o mal. Por mim há sobra do lado
positivo, mas nem por isso deve o PT manter-se no Poder central, para o bem
democrático. Vale, e muito, a alternância de ocupantes do Poder.
Espero estar firme em 2022 para voltar a votar no PT. Agora,
NÃO!... Mais vale a alternância, a
grande dinâmica da Democracia.
Nilson
Andrade Barreto – Agosto 2013