Há alguns meses me surpreendi com duas noticias, a primeira
foi a informação de que no Netflix havia um documentário abordando um grupo de
pessoas que acredita que a terra é plana, a outra foi sobre um surto de rubéola
em Nova York devido a uma parte da população que se nega a ser vacinado.
No primeiro caso, não
dei muita atenção, não vi o documentário, pois achei que era mais uma dessas
ideias de um maluco beleza qualquer. Para minha surpresa meses se passaram e como
tenho o hábito de assistir Youtube toda noite, me deparo com um grupo de
terraplanistas brasileiros sendo entrevistado por Danilo Gentili, resolvi ver quais eram os argumentos, e eles, os argumentos são de doer.
O quarteto infame que por sinal trouxe uma maquete da terra plana (foto abaixo)
entre outras alega que a parte branca na “periferia da terra plana” é um imenso muro de gelo. Quando perguntados
o que há atrás do muro a resposta não podia ser mais original. “Nunca ninguém
ultrapassou o muro porque não é interessante para os capitalistas poderosos que
ganham dinheiro vendendo a ideia de que a terra é redonda”....
Parei de ver a
entrevista. “Parem o mundo que eu quero descer” - diria Raul Seixas.
Quanto ao surto de rubéola
em Nova York, isso não é só absurdo, isso é assustador, pois enquanto os ignorantes que acreditam que a terra é plana, por enquanto, não fazem mal a ninguém, a
trupe do “anti vacinismo” coloca-nos todos em risco imediato. Será que varíola,
rubéola, pólio, sarampo, etc. não é motivo suficiente para que todo mundo fosse
obrigado a se vacinar?
E o aquecimento global
o que tem a ver com tudo isso? Possivelmente nada. Mas quando vejo os apelos
para se queimar menos combustível fóssil e comer menos carne de vaca para
salvar o futuro da humanidade, eu me pergunto. Para que?
Se for para negar
Galileu, Descartes e Copérnico entre outros, pelo amor de deus não encham meu
saco. Deixem-me queimar minha gasolina e comer meu filé mignon em paz. Até
porque antes de morrer de calor a humanidade, pelo jeito, vai morrer de rubéola,
varíola, sarampo, pólio...
(Texto de Igor Matos)