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domingo, junho 18, 2017


Confissões de avós

Hi Man, Mulher Maravilha, Trapalhões, entre outros, foram heróis de Nara e Mariana, minhas filhas, no final da década de 1980. Era sagrado assistir Hi Man no sábado pela manhã no programa da Xuxa, e os Trapalhões no domingo à noite. Quando era lançado um filme dos Trapalhões ou da Xuxa, Amélia, minha mãe, a avó, rapidamente programava sua assistência. Algumas vezes, saiam de Dias D’Ávila, de ônibus, direto para o Shopping Iguatemi, retornando à tardinha; outras vezes, já estavam todas em Salvador, prontas para a ocasião.

Um dia, na minha petulante intelectualidade própria de adultos, perguntei à Amélia como ela tolerava assistir estes filmes. Ela, com um enigmático sorriso, muito discreto mas contente, disse-me que geralmente dormia durante o filme.

Sofia, Octonauts, TinkerBell, entre outros, são os heróis de Paula e Elisa, minhas netas, praticamente trinta anos mais tarde. Em geral, elas dormem em minha casa no final de semana. Após o jantar e o banho, sentamos as três, bem juntinhas, no sofá, para ver a última sessão de vídeo do dia. Confesso que, muitas vezes, procedo como Amélia: dou um delicioso cochilo durante a aventura da interesseira sereia Marina, desejada como um apetitoso jantar por Zig, uma hiena, mas adorada e protegida por um tubarão, Shark, ou então nas aventuras dos poneys de Equestria e o dragãozinho Spike.

Atualmente, o local preferido de Paula e Elisa é a casa da vovó, principalmente pelas sessões de vídeo acompanhadas de pipoca. A sessão final do dia é uma ocasião especial para mim, quando estou inteiramente disponível para participar. Sei que esta atividade é temporal; em algum tempo mais, Paula e Elisa não terão mais vontade de assistir vídeos destes heróis e, talvez, nem queiram vir para a casa de vovó. Mas, enquanto isto acontece, confesso que estou muito contente por ter a oportunidade de participar destes momentos especiais com minhas netas, divertimo-nos muito, sem existir a diferença de gerações.

E os cochilos? Ah, os deliciosos cochilos fazem parte do momento. Sempre me lembro do sorriso travesso de Amélia, quando me contou como assistia a estes filmes. Tenho certeza, assim como eu sinto hoje, que ela não trocava por nenhum outro programa.

quarta-feira, março 08, 2017

Dia Internacional da Mulher - 8 de março

Noemi

Plagiando Célia que disse não ser  fácil ser filha de Amélia, digo o mesmo,  não foi fácil ser filha de Noemi , principalmente na infância e adolescência. Minha mãe era uma pessoa muito objetiva, prática, racional, realista, falava demais, exagerava, não guardava segredos, além de ser Martins sinônimo de super-econômica.

Do seu raciocínio lógico, vindo provavelmente da profissão, professora de matemática, não cabia o fútil, tudo tinha que ser útil, tinha que ter função. Esperava de crianças e adolescentes comportamento de adulto. Aí o bicho pegava... Lembro-me que certa vez o meu avô Manuel Martins apareceu em Conquista e deu uns trocados para mim e para Iris. Fizemos uma farra, de pipoca a algodão doce, num domingo no parque. Quando ela perguntou pelo dinheiro que já havíamos gastado, foi uma bronca e tanto. Deveríamos ter dado o dinheiro para que ela comprasse algo que tivéssemos precisando. Como uma criança poderia entender isso?

Na minha adolescência nos anos 1960, fã dos Beatles e Jovem Guarda,  não me atrevia a pedir dinheiro para discos. Se assim o fizesse ouvia uma ladainha das dificuldades financeiras da família... E quando eu ou Iris queríamos comprar qualquer coisa ela dizia: essas meninas precisam casar com deputado!...  No entanto se falássemos em fazer algum curso, aparecia o dinheiro, sempre com ressalva, que era um sacrifício, portanto não podíamos desperdiçar.
Casamento foi algo que ela nunca nos incentivou, ao contrário, a orientação era estudar e ser independente, como ela sempre foi.  Graças a ela, os quatro filhos fizeram faculdade e concluíram os cursos. Até Florival reconhece, me disse que ele não conseguiu fazer com que seus dois outros filhos se formassem.

Durante muito tempo critiquei muito as atitudes de minha mãe. Por exemplo, as empregadas domésticas tinham que abrir uma Poupança em que ela depositava uma parte do salário para que elas aprendessem a economizar, e não podiam sacar, só escondido, claro. Reclamava com qualquer pessoa que gastasse dinheiro com o que ela achasse que era futilidade. Presente, só coisa útil, algo que a pessoa estivesse precisando.  Sempre incentivou a todos a estudar.  As pessoas que passaram por nossa casa em geral saíram mais independentes e com mais conhecimento. Até matemática ela ensinava. Se não aprendiam outras coisas pelo menos saíam sabendo fazer “as quatro operações aritméticas”, como ela dizia. Depois de adulta compreendi, que desse jeito ela ajudou muita gente.

Nas minhas reflexões sobre minha mãe o que mais a admiro era sua fé inabalável. Nunca foi religiosa demais, apesar de ser batista e pagar o dízimo regularmente. Exigiu de mim enquanto vivia em Conquista, ir a igreja todos os domingos, era o “passe” para ir o cinema, mas pelo menos bastava assistir a Escola Dominical. Para quem não conhece o Culto da Igreja Batista é dividido em duas partes, a primeira é a Escola Dominical que é por faixa etária, depois o Sermão do pastor quando todos se reúnem no salão principal. Eu não reclamava, ouvia as histórias da Biblia, como se fosse uma história da Carochinha.  

Ela raramente ia à igreja, sempre tinha uma desculpa de afazeres domésticos. Como disse, nenhum fanatismo,  no entanto era incrível sua fé. Não tinha medo de nada, nem se impressionava com qualquer tipo de superstição, nem crenças em misticismos, cartas, cartomante, búzios, previsão de futuro ou semelhantes. Diante de uma situação dessa, sempre perguntou: Você não acredita em Deus?... Como se você crê em Deus pode acreditar que uma planta pode dar azar? ...  Como um objeto pode mudar sua vida, dá sorte ou azar?..  Como alguém pode adivinhar seu futuro?.. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”...

Nas situações difíceis que ela passou,  perda de uma filha, ou seu sofrimento físico que se arrastou por anos, da cadeira de rodas à cama, nunca ela questionou Deus... Um médico que a atendia em casa se surpreendia  pelo fato dela não ter depressão.


Eu não tenho essa fé, sou do tipo “não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”, contudo sigo o exemplo, de vez em quando pergunto para alguém: Você não acredita em Deus? Então como está se impressionando com isso?

terça-feira, outubro 27, 2015

Imagens de baú

Já que estou brigando com o Caravana da Alegria para incluir fotos (nunca lembro como fazer), aproveito para postar algumas fotos do baú
Nicácia – 13 anos




Na escadaria da igrejinha da Otávio Santos

Bodas de Ouro de Cecília e Manoel Martins – 1962
Bodas de Diamante de Cecília e Manoel Martins – 1972
A elegância de René em um dos jantares na casa de Tia Maria e Tio Miranda em Conquista.

Japão e Coreia

Aproveitando a proximidade com Seattle (10 horas de voo), ao final de 2013, visitamos o Japão. Eu e Ademário tínhamos curiosidade para ver como este povo vivia numa ilha relativamente pequena, conhecer um pouco de seus costumes e tudo mais que pudéssemos observar em três semanas. Passamos a primeira semana em Tóquio, a seguinte em Kioto, e a última em Tóquio outra vez. Ainda em Seattle, compramos um passe de trem que nos dava direito a viajar no famoso trem-bala para onde quiséssemos dentro da ilha.
Este ano, decidimos visitar a Coreia do Sul, país também oriental, bem próximo do Japão (1 hora de voo). Do mesmo modo, compramos um passe para trem antes de chegar no país. Passamos uma semana em Seul, a seguinte em Busan, e a última em Seul novamente.
Imaginávamos que, sendo os dois países próximos e habitados por asiáticos, haveria bastante semelhança entre eles. Aos poucos, descobrimos algumas semelhanças e muitas diferenças.
O sistema de transporte é impressionante no Japão. Os trens, muito bonitos, correm a alta velocidade, em todas as direções, sem nenhum atraso, coisa de dar inveja a qualquer orgulhoso inglês de seu cumprimento com horários. Os trens misturam-se ao metrô nas cidades. As estações, enormes, chegam a ter quarenta saídas. É preciso consultar o mapa para descobrir como chegar à saída que se quer. Se errar, sabe-se lá onde está. E é tudo muito rápido, mas o sistema de informação de metrô e trens no Japão é milagrosamente fácil de compreender. Na Coreia, já não há bastante trem em todas as direções. Deixamos de visitar duas cidades interessantes porque não havia lugar no trem. Além disso, as estações de trem e metro são quase sempre separadas.
Japão é uma ilha física, rodeada de água por todos os lados; a Coreia do Sul é uma ilha política – sua ligação ao continente ocorre apenas pela Coreia do Norte, país inimigo comandado por um terrível ditador (possivelmente o sistema político sonhado pelo nosso governo atual).
O Japão é um país considerado de primeiro mundo há muito tempo; a Coreia do Sul, em quase trinta anos, passou da posição de terceiro para primeiro mundo. Em algumas portas de banheiro, há fotografia e instruções de como usar o vaso sanitário ocidental (usam também o vaso turco, cuja posição é agachada).
 
 Elegantes trens japoneses
Instruções na porta de banheiros públicos na Coreia do Sul



Estudante japonesa - saia curta e máscara
Em que pese todo este avanço, o coreano ainda é agreste, parecido com os brasileiros: empurram, puxam e passam na frente dos outros, enquanto que os japoneses são extremamente educados, até mais civilizados que os americanos, distantes, mas muito simpáticos. E como são elegantes! As mulheres, com suas saias curtas, sapatos de salto fino, bastante alto, andam naturalmente vários quilômetros dentro das gigantescas estações de trem e metro como se estivessem de sandálias e roupa esportiva; os homens, a maioria de terno preto durante os dias da semana, carregam pastas de couro, sapatos de couro e bons relógios, todos de grifes bastante conhecidas no ocidente. Muitos usam máscara.

Falando nisso, se alguém vem aos Estados Unidos e se encanta com a Macy´s ou a Norsdrom, se encantaria mais ainda no Japão. Existe uma quantidade de lojas de departamento, cada uma mais luxuosa que a outra (na Coreia do Sul só havia uma grande em Seul). As lojas de departamento no Japão geralmente têm um ou dois pisos para venda de comida e alguns restaurantes fast food, vários pavimentos com perfumes, roupas, relógios, bolsas, coisas de casa, livraria, etc., e quimonos; os dois pavimentos superiores são de restaurantes.

Aí vem a parte da comida. Os restaurantes, tanto os japoneses como os coreanos, apresentam o cardápio com o nome do prato e, felizmente, a fotografia correspondente. Também na vitrine, a maioria apresenta seus pratos com comida de plástico, muito bem preparados. Em Kioto, poucos restaurantes tinham cardápio em inglês, o negócio era ir pela foto ou pelo aspecto prato com comida de plástico mesmo. A grande diferença entre os dois países é que não gostamos da comida japonesa, mas adoramos a coreana. No Japão, desistimos logo de tentar comer nos restaurantes com comida local e partimos para os italianos, espanhóis, alemães ou qualquer outro que encontrávamos. Na Coreia, experimentamos e gostamos da comida coreana, além da vietnamita e tailandesa, que encontrávamos mais facilmente do que no Japão. Eles usam muitas porções de verduras e muita, mas muita mesmo, pimenta.

Cardápio japonês 
Comida coreana

Na Coreia do Sul, ficamos encantados com os mercados de peixes, pelo seu tamanho e variedade. Peixes e frutos do mar esquisitíssimos. Há também muitos outros mercados que vendem de tudo: roupas, tapetes, brinquedos, móveis, livros, etc., além das barracas de comida – tanto nestes mercados como nas ruas – também com uma variedade impressionante de comida. O que mais me desagradou, foi ver gente comendo polvo vivo. O bichinho, pequenino, cortado com tesoura, ainda se mexia no prato do glutão.

Comida de rua
Comida nos mercados

Comida nos mercados - tem até pé de porco

Mercado de peixes e frutos do mar - uma festa
Caranguejo King - outra festa


Também se vende peixe e frutos do mar nas ruas (não é muito higiênico, não)

Já no Japão, não se come nem bebe nas ruas. Em viagens de trem, eles levam sua comida que compram geralmente na estação mesmo, comem e depois, milagrosamente, dão fim no lixo. É tudo muito discreto. Outra situação que impressiona: as crianças viajam bastante com os professores para conhecer cidades históricas. Em todo lugar se vê grupo de crianças, desde muito pequenos, cada turma com chapéu de uma cor, educadamente seguindo seu professor.
Pequenos estudantes japoneses impressionados conosco, ocidentais
Modelo das casas dos samurais
Falando em lixo, isto foi outro aspecto muito interessante: não se encontram recipientes para coleta de lixo nas ruas em nenhum dos dois países, nem mesmo nos banheiros públicos, mas também não há lixo nas ruas (!!??) Os japoneses sempre têm uma toalhinha na bolsa ou no bolso para secar as mãos, pois não há papel para isto nos sanitários e nem todos dispõem de secador elétrico.
Um comportamento “moderno”, mas desagradável, que observamos na Coreia do Sul é o uso generalizado dos equipamentos eletrônicos. No metrô e nas ruas, todos estão de cabeça baixa mexendo no seu celular, iphone, ipod, etc.
A cultura, tanto a japonesa como a coreana, nos é estranha. Sabemos pouco destes povos. Tive uma colega japonesa na universidade que me falava sempre de como as coisas funcionavam por lá e assim compreendi alguma coisa que vi, mas, mesmo assim, faltou alguém para nos ajudar a desvendar melhor estes países – Ivan teve mais sorte, pois levou sua própria guia para o Japão, e Igor e Rose conheciam uma brasileira na Coreia do Sul. Enquanto tínhamos um guia turístico (livro) para o Japão, que compramos ainda no Brasil, encontrar um guia para a Coreia do Sul não foi fácil. Depois de percorrer livrarias em Seattle e vasculhar o amazon.com, compramos um que não me agradou. Só tratava de banalidades. O jeito foi ler os blogs e perguntar no centro de turismo (nem na estação de trem principal de Seul não havia um centro de turismo!).
As duas viagens foram ótimas. Ademário diz que gostou mais do Japão, eu digo que gostei mais da Coreia do Sul, assim ficamos divididos, com motivos para voltar a estes dois países novamente, ou então explorar algum outro pela Ásia.

Templo japonês em Nara - primeira capital do país
Desfile comemorativo na Coreia do Sul


domingo, novembro 16, 2014

Raminho postou a certidão de casamento de vovô Martins e vovó Cecília. Encontrei, no meu bau, coisas mais recentes.
Bodas de ouro (50 anos de casamento) - 1962

Bodas de diamante (60 anos de casamento) - 1972
Aproveitando o momento, posto mais duas fotos do meu bau
Na escadaria da igrejinha antes dos anos 60s (artistas???)
Meu primo Renee acompanhando D. Osete, minha mãe a mais duas colunáveis de Conquista, nos anos ???


sábado, março 15, 2014

MMS


No final da década de 90, meu pai chegou em Vilas do Atlântico, onde eu morava, com uma incumbência: escrever um texto sobre seu pai, MMS, para um livro que alguém estava preparando sobre Iguaí. Não conhecia a veia literária de meu pai, mas ele ditou um texto que recentemente encontrei no meu baú e achei que merecia seu publicado no Caravana. Aí vai o que ele escreveu...
 
Manoel Martins de Sousa
MMS (1894-1980)

Rodávamos na segunda década do século que hora se finda. O mundo ainda estava conturbado pelas consequências da Grande Guerra (primeira). Empresas entravem em decadência pela situação mundial do café, grande comércio do Brasil, principalmente com a Alemanha.
O cidadão MMS (mê-mê-si), originário do município de Santo Antônio de Jesus, jovem florescente comerciante de tecidos e compra de café nas cidades de Nova Laje, Mutuípe e Amargora, dirigia sua organização em Amargosa. Era filho de Maria José Andrade e Nicolau Martins de Sousa, este sem qualquer tradição, sabendo-se apenas que descendia de portugueses. MMS casou-se com Cecília Andrade, filha de João Batista de Andrade e Maria Rosa de Jesus. Desta união surgiram catorze gestações com sobrevivência de apenas cinco: Isaias Andrade de Souza, falecido recentemente, em 8 de setembro de 1999; Doralice Benjamim de Souza, falecida em 1989, Arlindo Martins de Souza, hoje médico aposentado e pecuarista atuante, Carmélia Martins de Sousa, dona de casa, e Noeme Martins Barreto, professora aposentada.
Manoel Martins de Sousa, iletrado e inteligente (não tinha nem o curso primário), foi um grande empreendedor. Com a quase falência total que passou em Amargosa, no período de 1918-19, transferiu-se para a área que adquiriu por troca em resto da massa falida – Fazenda Disciplina, no Ribeirão dos Índios, município de Ibicuí. Laborioso e progressista, arrumou o novo empreendimento e partiu para novas aquisições.
Em troca de propriedades, adquiriu a Fazenda Iraci, no distrito de Iguaí, que, nesta época, era dirigido pelo Sr. Fulgêncio Teixeira. Pouco tempo depois, o representante oficial da Vila de Iguaí foi substituído por Manoel Martins de Sousa, por nomeação do amigo e conterrâneo Dr. Francisco Peixoto Jr., médico e prefeito do município de Poções.
Do encontro com Dr. João Duarte, professor da Escola de Engenharia, surgiu a primeira ideia do aproveitamento das águas do rio Gonguji para a implantação de uma usina geradora de energia para iluminação do distrito e implantação da indústria madeireira. Manoel Martins aproveitou a ideia e resolveu montar a usina, apesar do grande empecilho pela falta de rodagem para levar a grande e pesada turbina de Poções até Iguaí. Apareceram então dois aventureiros que se comprometeram a realizar o negócio: um nortista de nome Mário e Adonias Natal de Souza, sobrinho de MMS. Fez-se um verdadeiro mutirão e cerca de quarenta homens contribuíram para a descida da turbina na Serra de Capa-Bode. Sem uma estada carroçável, o caminhão com a dita cuja desceu a Serra de ré, amarrado com cordas, seguro pelos voluntários.
Em Água Fria, o caminhão foi devidamente homenageado, cuja oradora, Lidinha, até hoje se lembra da emoção contida no discurso para um veículo motorizado. Este recebeu de presente um panacum de bananas para sua alimentação!!!!!. É conveniente ressaltar que, na região, poucos conheciam veículos motorizados, especialmente um do tamanho de um caminhão.
Finalmente foi instalada a Usina e Iguaí foi o primeiro distrito beneficiado com energia elétrica na Região. Nesta época, o povoado de Iguaí dispunha de casas, pequeno comércio de mercearia e escola. Um grande contingente de pessoas veio de Juciape e outras regiões, para Iguaí, sendo pioneiras a família Novaes, liderada por Bráulio Clementino Novaes, a família Dantas, liderada por Almerindo Plácido Dantas e os Chequer.
O distrito tomou importância de Município, cujo título foi outorgado em 12 de dezembro de 1952.
 Imagem da Uzina Iracy de Manoel Martins de Sousa
Manoel e Cecília com os filhos Isaias, Doralice e Arlindo com 1 ano de idade (nú) - (1919-20)
 
Formatura de Arlindo (14/12/1946) - foto dedicada a Amelinha, futura esposa

sábado, outubro 26, 2013


A festa de Babette

Quem nunca assistiu a este filme, recomendo. Babette, uma chef de gastronomia, que vive por catorze anos em um povoado na Dinamarca, esquecido de Deus, oferece um jantar em comemoração ao centésimo aniversário do pastor, pai das duas solteiras para quem ela trabalha, com o dinheiro que recebe de uma loteria. A festa de Babette é uma revelação.

A festa de Anete também é uma revelação, muito mais importante do que a história de uma francesa fugindo da França para um povoado qualquer da Dinamarca, mas, como registrado na festa de Babette, a de Anete apresenta surpresas impressionantes.

Anete comprova a genética: Nicácia! E seu Censo? Ele também adorava uma festa de aniversário. Em seguida, aparece Mariana, uma cronista arquivada no guarda-roupa e, para surpresa geral, Normélia, donanorma, tianorma, com uma reportagem exemplar sobre o acontecimento. Para os que não estiveram presentes, sobra o gosto virtual do quibe de tia Noe, e os mais variados quitutes da orquestra sem maestro que muda os músicos, mas mantém a qualidade e inova as ofertas (sushi, sashimi? cruz credo!)

sábado, setembro 07, 2013


Caravana Partidária

Caravana da Alegria foi criada sobre a batuta de Isabel há muito tempo como um mensageiro apropriado para uma família grande, comunicativa e presente em várias partes do planeta. Caravana da Alegria, patrocinado por Fernando Armários, era um folheto xerocado, enviado por correio, no tempo que muito dos atuais papais e mamães não passavam de crianças. Os mais velhos guardam mais deliciosas lembranças deste jornal. Quem não se lembra do machista Santo Antônio, perturbando o discurso feminista de minha mãe e os recados dos amigos secretos? Tudo era Alegria.

Por um tempo, Caravana da Alegria esteve adormecido, mas gloriosamente retornou com toda força no sistema de comunicação ágil e moderno como um blog, com ajuda dos jovens da era internética, e de Isabel, é claro. Por aqui circulam todas as notícias da família: casamentos, descasamentos (nem tantos, felizmente), nascimentos, formaturas, homenagens aos que estão por aqui e aos que partiram, e muitos outros temas. Alguns temas, que considero como temas tabus, tais como opção sexual, religiosa, entre outros, pouco são noticiados.

O Caravana da Alegria ultimamente tem se tornado muito aborrecido devido a muitas postagens de caráter político partidário. A política é importante em todos os momentos em nossa vida, mas não vejo sentido usar o Caravana da Alegria como plataforma partidária, há outros fóruns para isto.

Os seguidores do Lulismo, igual ao do Carlismo de quarenta anos atrás, justificam-se: “rouba, mas faz” ou, agora, preferivelmente, “não inventou a corrupção”. Será que se continuará com as mesmas justificativas para os próximos “ismos”? Pobre povo brasileiro!!

Minha sugestão é colocar o partidarismo político na caixa dos temas tabus e voltar ao imprescindível Caravana da Alegria.

domingo, outubro 23, 2011

Colchas de crochê

Como todos sabem, estamos no processo de "encolhimento de pertences" pois estamos nos mudando de uma casa de 160 m² e mais outros espaços para um "apertamento" com menos de 60m². Os guarda-roupas de jacarandá, cama, mobília de sala de visita e outros móveis estão à caminho da fazenda Havahy, de Duda (logo que a chuva permitir). Para a fazenda Paris, enviamos roupas, panelas sem tampas e tampas sem panelas, um ralo de vovó Cecília, brinquedos "antigos" (de Nara e Mariana - a espada de Hi Man ficou comigo), redes (que nunca usamos) e alguns outros objetos retirados do fundo do bau, inclusive enfeites de natal. A mobília de sala de jantar, aquela que precisa passar óleo de peroba com escova de dentes nas dobrinhas, vai para o apertamento (espero que caiba).


Entre os objetos a doar, tem três colchas de crochê: uma amarela, de solteiro, com a etiqueta "made by Amélia", e duas de casal - uma vermelha e outra branca com florzinhas coloridas, que coloco às disposição de quem estiver interessado.



quarta-feira, agosto 10, 2011

Mudanças

É isso aí pessoal. Conforme anunciou Bel B, Ademario e eu estamos nos mudando para Seattle. Este ano é aquele atípico: me tornei avó (!), Mariana saiu de casa, se mudou para Macaé, e nós estamos nos ajustando à vida no outro lado do Equador.
Agora estamos vivendo numa pequena casa na costa leste dos Estados Unidos, contando com o apoio de Nara e Eduardo para resolver "os pepinos" e acompanhado as conquista de Paula que aos 4 meses já fica em pé... (coisas de avó)

O Evento do Ano: Casamento de Vanessa e Pier

  Desde o momento da entrada de Vanessa com Luciano me lembrei do casamento de Ivana, como ela estava vestida de noiva, tão bonita quanto a ...