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quarta-feira, fevereiro 07, 2024

Sessão Pornô

Velha história lembrada no veraneio


Once upon a time… 

No inicio dos anos 70 quando ainda nem existia video cassete, (Tv nem todos tinham, era analógica com canais abertos, no máximo 4) e filme era no cinema, Tio Arlindo e Tia Amelinha viajaram para a Europa e ele comprou um filme (16mm) dinamarquês pornô, famoso na época, ja tínhamos ouvido falar… Ele não comprou o projetor, tomou emprestado, provavelmente só existia um  na cidade de Vitoria da Conquista. Foram realizadas 2 sessões, uma para os homens outra para as mulheres casadas.


Estávamos de férias em Conquista, Tio Arlindo e Tia Amelinha não estavam na cidade, e sob o comando de Edinho, resolvemos fazer uma Sessão Pornô Mista para os Solteiros. O filme foi fácil achar, não estava muito escondido, afinal não tinha projetor na casa. Em conversa com Noelia, Edinho soube quem era o dono do projetor e partimos para pegar o projetor emprestado, em nome de tio Arlindo, claro. Esperamos no carro enquanto Edinho, na cara de pau, pegou o projetor.


Voltamos, Edinho, como sempre engraçado, falava: “Preciso passar na casa de Noelia para pegar minha cueca de força!”.. E passamos para chamar Lucinha para ir ver o filme mas ela não topou…


E então em plena sala de visitas da casa de Tia Amelinha, vimos o tal filme. Éramos, com certeza, eu, Fernando, Edinho, Iris, e mais alguns que não me lembro exatamente.. talvez Vaneide, Eleusa, as vezes penso René, mas duvido pois este era muito sério, não apoiaria o projeto.


Do filme… 

Um espanto, claro!.. Na época os filmes no máximo tinham beijos, nada de cenas picantes como atualmente tem até nas sessões da tarde. Uma decepção para mim, que imaginava um enredo: o mocinho se apaixonando pela menina, começam namorar, e as coisas vão acontecendo até chegar aos finalmente… O filme não tinha enredo, não tinha som, nada, simplesmente cenas de sexo explícito com vários atores e várias posições. 


Tia Amelinha nunca soube dessa aventura, acho que mesmo depois que ela se transformou AmelinhaTernurinha nunca iria aceitar essa transgressão e certamente ganharíamos uma bronca mesmo depois de adultos. 


Quando contei essa história no veraneio, Norma disse que não sabia, mas Noelia apesar de não ter participado da sessão, digo seguramente que foi cúmplice, cairia na bronca de Tia Amelinha também.


E Leo perguntou admirado: “Fernando viu o filme !!!?”… por um instante não entendi o espanto, depois me lembrei que ele não conheceu Fernando solteiro… rs

Projetor 16mm - para ilustrar..


Um “causo” lembra outros “causos”

Naninha lembrou uma historinha dos anos 90, época do vídeo cassete. Estavam na casa de Noelia: Tia Amelinha, Nelson e Edinho … e resolveram ver um filme que Ivana tinha alugado.
Começou o filme… cenas picantes … e foi aumentando… todos sem graça .. Nelsao foi o primeiro a reclamar, tia Amelinha saiu da sala, Edinho chamou Califa… e os três disseram que a casa dele estava um “mangue!”. Aquilo era um absurdo! Quem alugou o filme???
Ivana! Que se defendeu dizendo que Naninha indicou. 
Final da história: o filme indicado era Filadélfia e o alugado foi Califórnia!… Coisas do 904!!!!



Ana Paula lembrou outra, provavelmente 1976.
Nelson e Hilda foram ao cinema assistir Dona Flor e seus dois maridos.
Antes de terminar o filme Nelsao levantou : vamos Hilda! Não vou ver esse filme pornô!…
E essa foi a última vez que ele foi ao cinema.


segunda-feira, junho 20, 2022

Antiga estrada de trem gerou este papo


Isabel:

Já andei nesse trem. Íamos de Conquista para Jequié de ônibus. Na parada íamos ver minha bisa Maria Rosa, mãe de Cecília e Nicacia, pegávamos o trem para o Onha onde passávamos alguns dias. Depois o trem para São Roque e de lá o Vapor para Salvador…. (Anos 50)



🤔Célia, Lula e Duda são netos de Nicacia e de Cecília, então Maria Rosa era bi-bisa deles.

Noelia 
Fizemos muitas viagens, nasci na fazenda de vó Emília, voltamos muitas vezes pra visitá-la, tios e muitos primos, marcou a nossa infância!

Célia 
Lembro desta viagem quando fomos conhecer a bisavó. Foi a primeira e única viagem de trem de ferro que fiz no Brasil. Fiquei encantada porque eu enjoava demais quando viajava de carro e de trem não senti enjoo. O melhor da história é que, quando chegamos no Onha, para ir para a fazenda, fomos "montados" num boi: Lula, o mais velho, sentado na cangalha e eu e Duda, ao lado, cada um dentro de num panacum. Como esquecer uma aventura desta? Mas, confesso, chorei bastante logo que me colocaram no panacum.

Ivana
Kkkkk lembro-me de ter sido colocada no panacum na viagem para o rio São Francisco

Isabel
Eu fui ao Ronco tambem quando criança, imagino que eu tinha uns 7 ou 8 anos. A lembrança que tenho é que Noemi caiu do cavalo e ficou com uma mancha roxa no bum-bum…

Célia
O animal do transporte era boi ou cavalo? Só vi gente montar em boi em Nazaré das Farinhas. Minha mãe disse que a região tinha muita lama e os cavalos, burros e mulas escorregavam. Os pés do chifrudo eram mais apropriados. Além do trem de ferro, ser transportada num boi também foi inédito.

Ivana
Eu acho que foi um burro! Minha mãe deve saber! 🤔

Isabel
Já andei de panacum também nas fazendas de Tio Arnobio e Tio Isaias. O transportador era burro. Eu era super-medrosa então preferia ir no panacum. Tinha medo de andar na garupa. Numas férias na fazenda de tio Isaias, saíamos a cavalo, isso é, Lula, Virgínia e Íris iam sós nos cavalos. Eu e Célia, com tio Isaias. Célia, menor que eu, ia na garupa, e eu no cabeçote.
Acho que fui a criança mais medrosa da face da terra!…
Por isso mesmo, admirava demais Jojô Viana quando era criança, porque eu via nela, uma criança destemida…

Charles
Família de panacunzeira🤣🤣

Jojô 
Hoje eu sou muito medrosa

Noelia
Foi pena não termos na época como tirar fotos! A nossa viagem pro Barro Preto, fazenda dos avós maternos, Nilson na cangalha, Norma e Zeu num panacum eu e Edinho no outro.

Marcelo 
Quando eu morava aqui em Jaguaquara (1961-64) meu pai me levou pra Salvador de trem e vapor: chegava lá bem tarde.

Norma
Edinho e eu  os gordinhos Noelia e Zeu os magrinhos. Tinha que colocar pesos iguais pra equilibrar os panacuns. Como éramos muitos ...

Lila 
Eu ivana e Robinho já andamos por lá no panacum.

Naninha
Quer achar um Barreto , vai ver lá no panacum!

Lula
Vocês esqueceram do jegue. Fui pra  fazenda em iguai com Carmélia pegar sistosoma no rio de água corrente que não tinha. Ela me colocou num jegue, quando ele empacou ela enfiou uma cana e torceu. O jegue deu um pinote e me jogou na chão!!!

Noelia 
Bela aventura! Os meninos de hoje não teem essa coragem

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César Fonseca (neto de Mariquinha) disse...

Bel... obrigado por esse filme. Quase deu pra ver uma das casas em que morei. Emocionante!
Esta estação de Jequié era meu parque de diversões. Tinha umas "agulhas", um mecanismo manual, de ferro, que me permitia, com muito esforço, desviar o caminho do trem. Além disso eu colocava pedras coladas na linha, na esperança de descarrilhar a composição. Repor a composição na linha era um trabalho de muitos dias, uma festa! Mas a cada chegada do trem, o guarda da estação, um negro muito gordo, cujo nome esqueci agora, vinha balançando as banhas, suando no sol quente, para desfazer as merdas que eu havia feito...
Minha vó contava ter chegado nesta estação no meio de um tiroteio, que teriam deixado a parede crivada de balas. Mas acho  que era mentira para nos divertir.
Minha vó Mariquinha cuidou de sua bisa Maria Rosa. A cada 15 minutos ela reclamava para mudá-la de posição na cama. Eu lembro disso, em uma visita. Mas eu estava encantado com a cadeira de rodas dela, de madeira, pesada... empurrava pra lá e pra cá, fazia uma zoada da zorra! No quintal tinha um pé de goiaba. Vai ver nos batemos por lá. Idos de 1958, por aí.
Quase perdi um calcanhar  debaixo da roda de ferro de um troley. Passei dias na cama com o pé inchado, usando mastruz!
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Hamilton Ipê disse...

LINDAS RECORDAÇÕES, BELA HISTÓRIA!
Também tenho minha história sobre esses trilhos históricos, e resolvi contar.
Era dezembro/1957!
Meus pais, Arnóbio e Carmélia, planejavam ir a São Paulo no janeiro seguinte, passar uns dias com Tia Dora, Tio Moisés e Nete, os outros já tinham se desgarrado. Queriam levar os três, mas, eu, além de não gostar de São Paulo mesmo sem conhecer a cidade, via a oportunidade de, próximo aos 16 anos, trafegar livre e solto.
Depois de muita insistência, minha mãe concordou e combinou que eu ficaria na casa de Tio Saló e Tia Dalva.
Viajei para Salvador de ônibus, durava quase 24 horas em estrada de cascalho. Nas proximidades do km 100 o veículo quebrou, ficamos mais 24 horas esperando socorro.
Chegando em Salvador, fui direto para o Barbalho onde residiam meus tios e filhos. Fui muito bem recebido por todos. Carlito, Célia, Cléria, Cleuse. (Por sinal, alguém sabe por onde andam?).
Chegou o dia de retornar a Conquista, e decidi ir de “vapor” até São Roque do Paraguaçu, e, depois, de trem para Jequié. De lá pegaria um ônibus.
Na hora da saída de casa, Tia Dalva me aprece com um pacote retangular medindo aproximadamente 40x30x20, que pesava no mínimo 15 quilos. Não disse do que se tratava, com a recomendação de entregar a tia Adélia, em Jequié.
Com o pacote no ombro e a mala na mão, fui direto para “a baiana” na enseada do mercado.
Já não suportava o esforço, ainda mais para subir e me acomodar no “Maragogipe”. Fiquei no convés a observar a beleza da Baia de Todos os Santos, e pensava:
“como vou tirar esse pacote do navio e correr, sim, correr para pegar o trem?” (Eh!, era preciso correr para pegar um lugar no trem).
Confesso, que por diversas vezes estive muito próximo de jogar o pacote nas águas azuis turquesa. Desistia ao lembrar dos dias agradáveis e o tratamento recebido.
Chegando a São Roque já estava preparado para descer e correr. Não me esqueço da competição com o pesado pacote no ombro e a mala na mão. Consegui chegar e encontrar lugar no trem. Como era próximo ao horário de almoço, pensei: “vou almoçar, levo a mala e deixo o pacote no banco de madeira do trem. Se alguém quiser levar, pode levar, mas, duvido quando sentir o peso”.
Assim fiz! Sentei numa das muitas barracas existentes nas proximidades da Estação e comi uma refeição que jamais esquecerei: Feijão, arroz, farinha, e muito, mas muito camarão regado a pimenta. Demorei tanto que quando o trem apitou sinal de que daria a partida a qualquer momento, paguei e quase não aguento chegar e subir no trem.
Dormi até Jaguaquara, já início da noite o trem chegou a Jequié. A Estação de Trem (hoje parece ser sede do Corpo de Bombeiros) ficava a uns bons 2 ou três quilômetros do final da caminhada.
E agora, vou ter que passar por tudo novamente. Colocar o pacote no ombro, mala na mão e ir para a casa de Tia Adélia.
Quando cheguei, Tia Adélia não esperava o pacote, foi um presente de “crente”. Quando abriu e vi do que se tratava, me arrependi amargamente de não ter jogado o pacote aos peixes.
Propagandas da Igreja Batista!!!

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terça-feira, abril 07, 2020

Semente de melancia para curar meningite viral

Nesses tempos de quarentena, arrumamos a casa, costuramos, lemos, vemos TV, assistimos filmes e relembramos o passado, esperando passar este Tsunami que estamos vivendo. Hoje, 28 de março de 2020, liguei para Noélia e lembramos que já passamos por uma epidemia. Resolvemos relatar para vocês.
Nasci em 1942, aos três anos vivi uma epidemia na minha cidade natal, Três Morros, em torno dos anos de 1945 ou 1946. 
Nessa época não tínhamos termômetro, analgésicos, antibióticos, corticoides. Sem orientações médicas, tínhamos que conviver e sobreviver com esse ser invisível que nos atacava: a meningite viral
Em nossa casa viviam meus pais e 10 filhos. Arthur (o mais velho) e Eliezer (recém-nascido).
Começou morrendo muitas crianças, teve famílias que perderam seis filhos, muito triste. Mãe sempre nos contou estes momentos com muita tristeza.
Em nossa casa, Nilson e eu fomos afetados pelo vírus meningite. Mãe mandou todos para a casa de uma vizinha, ela ficou conosco em nossa casa. Amélia ficou tomando conta dos menores, inclusive Eliezer, recém-nascido, na casa da vizinha.
Um médico veio de Jequié, mãe contava que ele nem chegou a olhar, lavou as mãos com álcool e foi embora. Fazer o quê? Sem recursos, sem ciência, o jeito é esperar a natureza agir.
Mãe contava que uma pessoa lhe disse: “o remédio é chá de semente de melancia”. Nesta época não existia frutos fora do tempo certo (estação), era muito difícil arrumar. Mas soube que seu Joaquim, lá para as bandas de Genipapo tinha as sementes.
Então mãe falou: “Dôdo, pega o cavalo e vai atrás das sementes”. As sementes vieram, tomamos o chá e começamos a melhorar. Primeiro muita fé em Deus, segundo chá de semente de melancia, sobrevivemos sem sequelas (aparentemente)

Normélia
Melancia Textura Da Melancia Com Sementes Ilustração do Vetor ...

Ao relato de Norma, acrescento as minhas lembranças. Tinha pouco mais de cinco anos, Nilson e Norma contraíram o vírus da meningite, cenas de infância que ficam gravadas. 
Norma com forte febre pedia "aga". 
A família providenciou a nossa ida para a casa da vizinha com Amélia. Eliezer recém nascido, mãe ia a casa da vizinha amamentá-lo. 
Para desinfetar usava-se creolina.
Mãe fornecia homeopatia para as pessoas, era o remédio disponível.
Muitas crianças morreram, Nilson e Norma venceram a meningite e não contaminaram mais ninguém em casa.

Noélia

quinta-feira, dezembro 31, 2015


Bônus de Família
Quando criança, escutava as pessoas comentando que esperavam o bônus do natal ou o bônus de férias para cumprir determinados compromissos financeiros. Mais tarde, este termo sumiu do circuito e, com a ação de sindicatos, as bonificações financeiras das empresas tornaram-se obrigatórias, tal como o 13º salário e, em algumas empresas, a PL.
Sempre gostei deste termo, embora não o relacionasse com dinheiro, mas sim à felicidade que as pessoas ansiosamente falavam do tal do bônus. Um dicionário que sempre uso é muito frio ao esclarecer este termo tão bonito e de muitas lembranças: prêmio, bonificação ou vantagem que se concede aos portadores de certos títulos; na internet, encontro definições como: prêmio ou vantagem concedida, por sorteio, aos portadores de certos títulos. Enfim, diferente de ônus, o termo bônus está sempre relacionado com alguma vantagem.
Nos Estados Unidos, ao se descrever as características de uma casa, além do número de quartos e banheiros, tamanho da cozinha, etc., algumas têm o bônus (não sei se usa também este termo no Brasil). Este é um cômodo de uso indeterminado, que, por sua versatilidade, pode ser até o mais usado da casa, seja como quarto de dormir ou de brinquedos das crianças, escritório, hometheather, ou simplesmente um lugar para relaxar. Em minha casa, o bônus é a oficina de Ademário.
Em que pese o caráter abstrato da família, sempre relaciono a casa como a sua parte física, como se fora o “corpo” que abriga o “espírito”. Por outro lado, a família, para existir, deve ter sua estrutura, formada pelos pais e os filhos, e a sequência anterior e posterior. E o bônus da casa, um cômodo multifuncional, ocasional, o que isto representaria na estrutura familiar?
Para mim, o bônus, a vantagem, a gratificação, o prêmio, ou qualquer outro termo adequado que represente o elemento de função indeterminada na família, mas de extrema importância, é o tio.
Eu tenho e tive os melhores tios e tias que alguém poderia desejar, todos sempre compenetrados no papel ambíguo desta relação familiar: ora pai e mãe, ora irmão e irmã, ora amigo e amiga.
Os tios mais velhos, por parte de pai, eram interessantes, cada um por suas particularidades, e guardo muitas boas lembranças de todos: tia Zaia (Isaías) adorava quando penteávamos seu cabelo (branco e muito fino) para tirar um cochilo; tia Dora, tia Noemi e tia Carmélia, otimistas, esfuziantes, curiosas, inteligentes, e sempre de bem com a vida. Nem a longa doença conseguiu abater a energia de Tia Noemi.
Do lado de minha mãe, um tantão de tios e tias, inclusive os agregados pelo casamento. Os mais velhos assumiam o papel de guardião, mas sempre muito divertidos e, com um jeito especial, indicando o caminho a seguir. Edinho foi o ponto de inflexão nesta sequência. Um fato marcante aconteceu por volta de 1969, numa madrugada em São Paulo, quando voltávamos a pé para casa, pois os ônibus não circulavam nestas horas. Passávamos por Ibirapuera e resolvemos subir no Monumento aos Bandeirantes. Era época da ditadura. Quando estávamos aproveitando a vista do alto do Monumento, chegaram os militares, nos mandaram descer e logo perguntaram onde tínhamos colocado a bomba. Penso que nossa cara de espanto foi tão grande, que eles apenas pediram nossos documentos e depois nos mandaram ir para casa, sem inventar estripulias. Nesta mesma época, Edinho e Abraão, um amigo colega de Duda, carregaram uma cadeira de “pau” de abrir quando saíamos de um bar. Em casa, minha mãe exigiu que Edinho voltasse para devolver, mas a cadeira ficou comigo até a mudança para os Estados Unidos, quando devolvi para Edinho, seu verdadeiro proprietário.
Tive a sorte de conviver com tia Noe e tia Norma toda minha infância, quando morávamos juntas e, quando se casaram, sempre moraram por perto. Lembro-me, quando era muito nova, acordei à noite com medo de alma, coisa comum naquela época, antes deste negócio do politicamente correto. Corri para a cama das duas e foi lá que aprendi a mandar as almas para o outro mundo. Com elas, aprendi a me livrar das coisas que assustam.
E o tio Pango? Ninguém pode deixar de falar dele. Além de tio e companheiro, Fernando se caracteriza como um dos tripés da família (que podem ser três, mas também podem 20). Mesmo depois dos sessentas, é para ele que corro para me “aconselhar”.
Não posso falar de todos os tios aqui, pois este não seria um post, mas um livro de muitas páginas, ainda mais se somasse os agregados, Inocêncio, Elifaz e, como não, tia Sandra(!), que literalmente deu conta da chegada de Nara e Mariana. Cada tio me deu um pedacinho de si, que consolidou e faz parte de minha personalidade.
No facebook e principalmente no whatsup, sempre estão os recadinhos e os elogios de Anete, de Ivana, Ana Paula, enfim, dos tios e tias para os sobrinhos, comprovando que os tios continuam firme no seu papel, fortalecendo a estrutura familiar e demonstrando a fortaleza e a preciosidade desta relação.
O que mais me espanta é que inventam dia para tudo. Tem os tradicionais dias dos pais, das mães, dos namorados, e agora do animal de estimação, do abraço, do amigo e outros muitos até esquisitos. Mas, cadê o dia dos tios?
Para que? eles são especiais todos os dias.

terça-feira, dezembro 29, 2015

Sabadim e Dominguim

E por falar em bolos, quando mudei para Salvador em 1968 e morava nos Barris, com Iris, Eleusa, Raminho e René, todo sábado tinha um bolo e domingo um pudim de leite condensado. Então René os nomeou de Sabadim e Dominguim. 
Não escondíamos bolo, mas René e Raminho que sempre iam ao futebol aos domingos, costumavam  “reservar” suas partes  extras do Dominguim para degustarem pós Fonte Nova, uma vez que esta sobremesa era servida no almoço que eles participavam e no lanche da tarde onde geralmente acabava.

Em tempos de infância em  Conquista , o bolo também era protegido, isto é, quando Noemi levantava da mesa  levava o bolo e guardava.   Zé ou tio Walter, que moravam conosco,  eventualmente chegavam atrasados, ela pegava o bolo novamente e colocava na mesa. Como eles raramente comiam, me chamavam  “ aproveita Bel!”.... É claro que eu aproveitava, antes que Noemi aparecesse...
Outro problema era raspar as vasilhas em que se fazia o bolo ou a cobertura. Tia Amelinha tinha um lambe-lambe americano, ofertado por D.Sara, que passava na tigela e lambia tudo. Noemi  e Carmélia  limpavam mesmo com os dedos. A desculpa era que o bolo cru dava dor de barriga.   Anos depois Eleusa quando fazia bolo deixava na vasilha uma enorme quantidade da massa do bolo para as crianças comerem. Deve estar fazendo a mesma coisa  para os netos. Em geral gostamos de fazer o oposto de nossas mães.  Nossos traumas!...

Com o passar dos anos nem me lembrava mais desta história de esconder bolo e um dia  chegando na casa de Noemi, em Salvador, Igor que era criança e estava lá de férias, falou para Fernando: “Tio, vamos roubar o bolo de minha vó?”....


Na minha casa raramente tem bolo, não curto um Sabadim. Já o Pudim de Leite Condensado passou muito tempo sendo chamado de Dominguim. Acho que só esqueci depois que Lene mudou a receita. 

quarta-feira, dezembro 23, 2015


Ei turma, esconde tudo que os filhos de Carmélia estão chegando
Coloquei no site a crônica enviada para a 2ª edição do livro de Amélia e houve um comentário anônimo, com uma frase interessante, que deveria ter outra postagem. Considerando o estímulo de Isabel, de que devemos registrar a história (mesmo que a memória temporal seja a de criança), gostaria de comentar o que sei sobre o assunto.
Bom, quando o fato ocorreu, eu era demasiada criança para guardar os devidos e verdadeiros detalhes.
Era natural em Conquista na década dos 60s, nos finais de semanas, que as donas de casas preparassem quitutes, inclusive bolo, para receber os amigos e até mesmo fornecer um cardápio variado, principalmente porque não havia pão nos armazéns da redondeza nestes dias.
Amélia, em que pese sua grande fama de cozinheira, nunca foi boa doceira, apesar de preparar bolos confeitados para aniversários e casamentos. Em casa, creio que no sábado, Dona e Jaci preparavam um bolo comum, sem especialidades, para o final de semana de acordo com a regra natural da época. O bolo, logo que retirado do forno, ficava no buffet da sala de jantar, sobre a famosa mobília colonial, que contavam ser de origem portuguesa.
Em algum destes finais de semana, Raminho e René (acredito que Eleusa não estava envolvida neste famoso delito), “os filhos de Carmélia”, passaram lá por casa e, de pedaço em pedaço, diminuíram a oferta do bolo preparado para o final de semana. Recordo-me do questionamento de minha mãe e da justificação de Jaci quanto à falta de parte do bolo.
Outro final de semana, outro bolo preparado e posto para esfriar e lá vem Raminho e René (não sei se somente um, ou os dois). Jaci, dentuça e magrela, depois de uma manhã puxando o escovão para encerar a tal da sala de jantar, cujo piso era de ladrilho hidráulico nas cores vermelha e preta, corre esbaforida para esconder o bolo, que estava esfriando sobre o buffet, porque “os filhos de Carmélia” estavam chegando.
O episódio é todo muito interessante: de um lado, dois adolescentes naturalmente esfomeados pela idade; do outro, a zelosa guardiã em uma casa onde alguns quitutes (especialmente os doces) eram especialmente guardados para as determinadas situações.
Depois que li este comentário, fiquei pensando sobre o assunto e cheguei a seguinte conclusão: tempo certo, pessoas certas (adolescentes), lugar errado.
Se os naturalmente adolescentes esfomeados “filhos de Carmélia” tivessem comido pedaços de bolo na casa da Laurinda, teriam sidos estimulados e seguir além de convidados a voltar no próximo final de semana para provar outras variedades (milho, coco, chocolate, etc.). Infelizmente, aventuraram-se na casa de Amélia com a guarda de Jaci.
Pobres meninos, será que ainda se lembram do episódio?

sexta-feira, agosto 28, 2015

Ainda somos "os mesmo"?

Hoje pela manhã estava andando......e me deparei com um objeto...que ....me fez lembrar de muitas pessoas e muitas coisas............filosoficamente...claro! "ovio" - como diz Joaquim.

Parei na sua frente...olhei admirei......pensei...o quanto ele  já serviu.......e agora ali.....largado....sujo..........thadin ! 

Olhei para um lado, olhei para outro.....doida para apanhar......mas essas coisas ........são coisas de gerações passadas.......antigas......fora de moda........caretice....

Como apanhar aquele objeto? 

Repetir a tradição dos tios avós....colé.....- sou jovem de outra geração - sou rebelde......sem causa mesmo....., mas sou rebelde......eu sou revoltado......

Eu sou Ipad...Ipod....Itomo.......Isou.....Iburguer ...Icoca

..........sou jovem....meu! curtiu?! .........#eueueueusoueuuuu  , #vivaface.......#abaixocontato fisico..........

Aquele ........objeto não é nada........é uma sujeira no Universo....

- Opá.......péra ai...........hummmm...

hmmmmmm.....cheiro de café fresco.............-  o gen-vó sacudiu -----calma gen , se controle, vc é jovem.......tomamos coca-cola 

hummmmmmmmmm................requeijão.....................calma  ........gen-biso......- calma...oxe....


hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm....... charque frita...................aí lascou........

vou voltar amanha e buscar aquele parafuso.....largado no chão...todo sujo de terra.......

By Naninha

sábado, agosto 15, 2015

Ser ou não ser gênio

Um dia destes, Carlinhos (Marava) estava no trabalho (Prefeitura) e apareceu alguém que procurava por Irlan.  Era Marival, professor de física, que tinha ido resolver algo e lembrou-se de Irlan. Ele contou a Carlinhos que de milhares de estudantes que ele teve, nunca se esqueceu de Irlan, pois este teria sido o melhor de todos. Relembrou que quando em aula havia exercícios para serem resolvidos, na maioria das vezes enquanto os outros alunos estavam quebrando a cabeça, escrevendo, tentando resolver,  Irlan permanecia quieto. Ele então perguntava: Não vai fazer Irlan?... Passados uns momentos, Irlan respondia:  a resposta é 487... e estava certo.
Anos depois ele casualmente se encontrou com Irlan algumas vezes.  Na primeira vez este ainda estudava Engenharia, da segunda falou que estava estudando Belas Artes, na vez seguinte disse que estudava Física, e finalmente ele disse a Marival que estudava Economia. Nós temos conhecimento que ele estudou Engenharia (não concluiu) e posteriormente Economia. Entre um e outro, ele fez vestibular (incompleto, perdeu uma prova) para Sociologia.  Quanto a Belas Artes e Física, foram novidades para mim. Comentei com Carlinhos que poderia ter sido delírio, embora os problemas mentais dele só tenham surgido quando ele já estava se formando em Economia.

Na minha infância e juventude, a inteligência era muito valorizada, muito mais que a aparência como atualmente. Na nossa família tinham os considerados gênios e outros nem tanto. Hoje percebo que rotular as pessoas mesmo como gênios não é bom. O muito inteligente ou é  maluco ou muito cobrado, o menos inteligente, complexado.  (Como diria Mocó: você queria ser normal???) Dentro deste país que vivemos em que  não há grandes oportunidades, não vemos destaque em ciências e tecnologias, em que as pessoas que viram celebridades são jogadores de futebol, cantores populares ou políticos, para que tanta inteligência?. Para o simples mortal que precisa estudar, se formar e/ou trabalhar para viver, basta ser normal. Melhor que ser um talento desperdiçado ou um eterno frustrado.
Nos anos 70 quando comecei trabalhar na área de informática, analistas e programadores eram normalmente selecionados através de teste de QI, então havia esta fama de inteligência, que inclusive deixava alguns deslumbrados. No final dos anos 90 quando o BBV assumiu o Ex Banco Econômico e os espanhóis chegaram à Processa, eles disseram que “estrelas” só no futebol, eles não queriam nenhum Ronaldinho, preferiam vários Dungas.

Voltando a falar de Irlan, na minha convivência com ele, antes dos problemas de saúde, eu o considerava inteligente como todos nós somos, mas ao longo dos anos, vez em quando temos um depoimento sobre ele que surpreende, de quem conviveu com ele no ambiente de estudos ou de trabalho, como foi este do professor.

********* ********* 

Para quem se interessar, no vídeo abaixo,  Professor Marival no programa do JÔ em 2006:

segunda-feira, junho 15, 2015

Mad Max

Houve uma época em que os carros que passavam por aqui tinham apelido: Caverninha foi um pálio duas portas dos meninos, Super Máquina um Gol que andou 70.000 km sem revisão e sem trocar óleo e nunca deu problema.  A Bela foi uma Belina caindo os pedaços que tivemos num dos momentos de crise econômica.

Quem se lembra de um carro chamado Apolo?



Gilberto tinha um Apolo, vinho como este da foto, e manteve este carro por muitos anos então já estava bem cansado de guerra quando Ivan e Iuri colocaram o apelido do carro Mad Max.

Alguns anos depois Iuri comprou um Astra, também vinho, e foi a Itabuna. Ao ver o carro novo Gilberto comentou:

- Ops!... Você comprou um carro igual ao Big?
- Big? - perguntou Iuri sem entender.
- Sim, o Apolo, vocês não o chamam de Big Mac?



segunda-feira, abril 06, 2015

Termo do Bom Viver

Numa família, a medida que envelhecemos  ficamos todos parecidos, ou parecidos com nossos ancestrais, tanto fisicamente como no comportamento.

Tenho observado que ao vivo, nem tanto, mas quando olhamos as fotos é que realmente vemos as semelhanças físicas entre um e outro. Um dia destes colocaram no Whatsapp uma foto em que estavam Norma, Janete, Jandira, talvez Noelia ou Lilian,   Anete comentou que estavam todas parecidas.
E os carecas? Fotos de Fernando, Edinho, Duda, Sérgio...  Se olharmos rápido não sabemos quem é quem...

E o comportamento? Agora falam que Sérgio está parecido com Inocêncio, Leo com Nelson, Edinho e Fernando com Zezinho Barreto e outros.

Fernando convivendo mais com Flori atualmente, já disse que eu pareço mais com Flori que ele com Zezinho.  As vezes eu mesma me acho parecida com Noemi, pois várias atitudes dela  que eu condenava,  agora repito ou dou razão. Enfim, como dizia Nicácia, “ninguém furtou nada, herdou”.


E por falar em Zezinho Barreto que tem a fama de brigão, Flori contou para a gente que certa vez num destes desentendimentos dele com os Benjamins, o entrevero foi parar num Juiz que no final passou para ele um documento: “Termo do Bom Viver” . Será que nessas semelhanças já tem gente precisando de um destes?  

sábado, janeiro 24, 2015

RELATO SELVAGEM

Conta-se o milagre, mas não o santo.

Um primo nosso viajou com a esposa, filhos e a sogra, de carro, ele dirigindo, claro, nestas lindas estradas do nosso país. Ele conhecia a estrada e a cidade para onde iam.
Durante o percurso, a sogra ia dando palpites:
“Cuidado!”
“Olha o buraco”
 “Pra que esta pressa?”
 “Olha o quebra-molas!”
E ele quieto,  ouvindo e ficando nervoso...  E a sogra continuava:
“ Lá vem um caminhão”
“Devagar! Por ali é melhor..”
De repente, ele parou o carro no acostamento, sem dizer absolutamente nada, abriu o bagageiro, pegou um porrete e começou a dar pancadas sucessivas no carro, ou melhor a “dar porrada” em todas as partes do carro com o pessoal dentro.  Machucou, marcou o carro todo, depois calmamente entrou e continuou a viagem com todos silenciosos até o destino.
Coisa de MACHO!....

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Dica de Filme:

Relatos Selvagens – filme argentino que concorre ao Oscar de Filme Estrangeiro. Imperdível!


terça-feira, dezembro 02, 2014

O PROFISSIONAL.

Corre lá pelas bandas dos estrangeiros, uma história que não pode passar desapercebida pelos moradores destas paragens.
Conta-se, "causo" ouvido por este escriba e que garante ser verdadeiro pela idoneidade do narrador, que um conhecido pescador profissional daqui, em viagem de turismo por aquele país, mas devido a esta história, dá para perceber que a viagem era de negócio, resolveu se equipar com os mais modernos e tecnológicos equipamentos de pesca.
Para tanto, contratou um "consultor sênior" em assunto de pescaria, para indicar e acompanhá-lo nas aquisições necessária. A confiança que esse consultor desperta nem precisa se comentar, pois o mesmo é sobrinho e anfitrião do tal pescador profissional.
O consultor, com amplo conhecimento dos meandros do mercado local, levou-o à Meca dos pescadores profissionais como ele, aliás não como ele, já que ele não se compara com esses pescadores de finais de semana. Ele é "O PESCADOR" !
Lá chegando, por não dominar o idioma nativo do país (ele é especialista na linguagem dos peixes), usou o consultor para a comunicação com o atendente da loja. Por sinal, a loja era enorme, de tal forma, que possuía desde barcos até anzóis de piaba, além de cadeiras para se colocar em árvores, enquanto o profissional da pesca aguardava a boa vontade dos viventes das águas.
Quando o consultor falou da necessidade do seu acompanhante, o vendedor abriu um largo sorriso, já pensando na venda que iria fazer. Barcos, motores, sonares para detecção de cardumes, redes de várias tramas, freezers para conservação do resultado da pescaria, enfim, o seu salário do ano estava garantido.
Aí, o pescador disse que queria tudo de melhor que ele tivesse, começando pela vara de pesca, ao que o vendedor perguntou (devidamente traduzido pelo consultor):
- A pesca é em alto-mar ou em rio?
Traduzida a pergunta, o pescador sentiu o baque, mas não perdeu a pose e respondeu:
-Rio. O vendedor no mínimo imaginou um Amazonas. 
Próxima pergunta devidamente traduzida:
- Vai ser usada em barco ou a partir da margem?
Depois de confabular em voz baixa com o consultor, este responde ao vendedor:
- Da margem. Nessa altura o vendedor já diminuiu o tamanho do rio, e apresentando as várias opções desse equipamento, pergunta:
- Molinete com embreagem hidráulica ou mecânica?
- Qual o MELHOR? perguntou o consultor.
- Hidráulica, responde o vendedor já pegando alguns tipos na prateleira.
- E a linha? pergunta o pescador já olhando as várias opções penduradas na gôndola, ao que o vendedor retruca com outra pergunta:
- É para peixes com mais de 100 quilos e ou menos?
Nova confabulação e finalmente o consultor fala do tipo dos peixes: lambarís e piabas, ao que o vendedor exclama:
- AH, ESSA LINHA EU LHE DOU DE BRINDE!
A placa na porta da loja resumia a cena:


quinta-feira, novembro 20, 2014

Quem caça o que? - Parte III - Abra suas asas

A noite a natureza é complicada... ela é maior que nós... nos...arranca....medos e incertezas até da existência........”fico com medo de mim mesma... acho que posso até matar uma prima dessas se me chatearem muito “.....calor e cansaço.....e o pior de todos os males... os pés... cansados e calejados....!!!


Prudência nesse estado clínico e psíquico é importante...e até vital... pois de caçador  posso também virar presa.....né!
Por isso ...por volta da meia noite... em ponto vimos passar rapidamente  um animal... rastejante.... AFFF......o medo  tomou conta! Será que é um tatu mesmo ?!
“ tatu morde “ ....
” seu lá “ ...
”mas acho que arranha, pois tem... tem unhas enormes “.....
” unha?...como tu sabe ?“....” ele não cava um buraco de pá...né “......
Vamos ficar quietas e atirar.. ok?....Claro....
”.vamos atirar na cabeça..?..”
“Na cabeça?,,,ai meu Deus...tadinho!” ....
”ta então no corpo.... ....mas se vamos fazer ensopado....as balas ficam no corpo....ai não presta....”
”melhor de faca... 3 cercam e uma mata...” .
...ok....”
quem mata...?...
( silencio .................................................................................)....
”.melhor jogar “a rede ...resolvido .....rede....rede...rede.....”
“Certo” finalizou a chefa...!
“Melhor encostar a rede no buraco e esperar ele sair”...
“.se ele não sair.......melhor meter a mão....”
(silêncio..................................)
“melhor meter a enxada....”
e “ se acertar no bicho....”
“afff....eu morro de pena assim”
“Já sei...tatu come o que ? “
“ soube que come defunto “
“Ai gente.....melhor caçar outro bicho “
“Então a gente caça e solta.....”....
” ótima idéia....”
 “Ficamos de olho no buraco....qualquer movimento......rede....nele.....
Vixe.....tatua? Existe tatua...ou é tatu fêmea...?
Sei lá
“ E se ele for uma tatua? Cheia de filhinhos....”
“ Os filhinhos ficarem órfãos.....”
- Ai , não agüento isso.....
- Ai, mainha vai ter que criar....todo mundo...
- Painho ai reclamar...da despesas....
- Deixemos no Brejão......lá é o Eldorado dos bichos....
- Lá em casa... Deus me livre... tatu e e menino , só o meu Joaquim...
(Todo mundo dormiu )...culpa de Anete ....claro....!
Acordamos de manhazinha..... todo mundo quebrado...... fracasso total..........
AFFFFFFFFFF.....meu cepap  desligou.....cof...cof.......acordei -graças a Deus-.....um sonho medonho ...desses que agente .....baba... na fronha....
Imagine.....que tortura... .um sofrimento desse....afff.....mato...bicho......fome......sede.....vixe...
acordei tonta....de ressaca.......

Ah e não me venha com esse papo....adoro sofrer....e isso me faz melhor..... minha alma fica mais pura... papo furrrrrrrrrrrrado...... todo mundo gosta de um banho quente....de ducha........
Um sofrimento desse......passaria apenas em busca de asas....e como a vida ......é uma só... quero  dela até a última gota..., assim viveu minha avó, Dona Nicácia, livre como um pássaro.

Bom, pensando bem... Primas, vamos caçar?


By Naninha - de Vitória da Conquista

O Evento do Ano: Casamento de Vanessa e Pier

  Desde o momento da entrada de Vanessa com Luciano me lembrei do casamento de Ivana, como ela estava vestida de noiva, tão bonita quanto a ...