Os Andrades - A 15km
de Lafaiete Coutinho há uma fazenda chamada Barro Preto que pertenceu a meus
bisavós, João Barbosa e Maria Rosa, pais de Cecília, Nicácia, Ernestina,
Marcelina, Amélia, Salomão e Adélia. Seis irmãs que se casaram e cada qual teve
seu dote. Cinco agregados, uma vez que Ernestina e Adélia casaram com
Bernardino Leal de Quadros. Desta herança e destes cinco agregados (Martins,
Barreto, Quadros, Benjamin) há várias histórias, ou melhor, várias versões e
algumas inimizades.
Os Barretos são originalmente da região de Nazaré, Onha,
Fazenda Ronco e Fazenda Café, mas com o casamento de Zezinho Barreto com
Nicácia, o casal mudou-se para a Fazenda Barro Preto, depois foram para a região
dos Índios, hoje conhecida como Ibicuí. Ali nasceram Nelson e Amélia. Mais
tarde Zezinho se desentendeu com Filemon Benjamim, seu concunhado, e a família
voltou para a Vila dos Três Morros onde se estabeleceu. Em seguida Nestor Barreto, irmão de Zezinho, pai de Clóvis e Cleó, comprou a fazenda
Triunfo a 6 km
da vila. Assim chegaram os Barretos à região.
Tanto Zezinho
Barreto, meu tio-avô e sogro, como Florival Barreto, meu pai,
foram pregadores na Igreja Batista de
Três Morros, igreja esta que foi construída pelo próprio Zezinho. Posteriormente,
ambos viraram ateus ou agnósticos. Com tanta religiosidade dos Andrades,
principalmente, nas três famílias Quadros, pois Marcelina se casou com Manoel
de Quadros, irmão de Bernardino. Zezinho que também já havia brigado com Manuel Martins, marido de Cecília, passou a
ser o “bad guy”.
Quando Flori esteve na Vila dos Três Morros o mundo estava
em plena segunda guerra mundial. A noite
ele costumava ir à casa de João Barbosa, na própria vila, para escutar as
notícias da guerra no radio que só funcionava a noite. O radio era movido por bateria, catavento e um dínamo de
bicicleta, alta tecnologia instalada por Josué, de Laje. Segundo
Flori, ele se dava bem com o velho João e terminou casando-se com sua neta Noemi Martins. Além
disto, Arlindo Martins e Amelinha Barreto, ambos netos de João, se casaram e a mistura
Andrade, Martins, Barreto se completou.
Na minha infância e adolescência sempre ouvi de minha mãe
que todas as qualidades eram dos Martins e os defeitos dos Barretos, alguns
deles, ela se referia como “da raça do velho Zezinho”... Eu e Iris então
defendíamos os Barretos. Mais adiante me casei com Fernando,
Barreto ferrenho, e passei a ouvir que todos os defeitos eram dos Martins e as
qualidades dos Barretos. Então Igor e Mariana passaram a defender os Martins...
14 comentários:
Adorei a história, apesar do grande número de personagens sempre me confundir um pouco.
Que bom refrescar a memória.
O primeiro filho (Arthur) nasceu onde?
Em vez de virar ateus os fdp deviam ter fundado a Igreja Universal assim todo mundo ia estar rico.
O Provocador
Gostoso ouvir esses "causos".
CB,
Luciano não sabe onde Dodô nasceu. Será que Art sabe?
Segundo D.Norma, Dodô nasceu na Fazenda Barro Preto...
E afinal as virtudes são dos Barretos ou dos Martins?
Vane
Segundo minha mãe, os Martins são inteligentes, dinâmicos, trabalhadores, equilibrados e econômicos.
Os Barretos são lerdos, indecisos, preguiçosos. Se algum Barreto ficasse zangado e se manifestasse de alguma forma, aí era "da raça do velho Zezinho".
Segundo Fernando... deixo para ele responder...
Os Barretos são criativos, idealistas, pensadores, capazes em qualquer área, não são ambiciosos e além de tudo somos bonitos.
Os Martins são apressados, agoniados, preguistas, miseráveis (econômicos), não tem habilidade manual, costumam esconder comida, mal-educados e além disto baixinhos e focinhos.
Em tempo, os Barretos tentam salvar a prole, de várias famílias que se agregam....
Digo fofinhos em vez de focinhos
Em compensacao nao tem nemhum Barreto PhD!!!
Lula (dasequacao)
Como é seu nome ??.?.?
LCBM. Veja o B..............
É bom rever .............
Fernando BARRETO
Quer dizer que Vovô Zezinho era pregador na igreja, muito bom saber.
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