terça-feira, agosto 06, 2013

Eu era um vaqueiro

Alucinado, não tendo medo
Sem nenhuma proteção tinha
Só a sela e o cavalo
Chicote, par de espora
Quando caia colocava a culpa
No boi ou no cavalo puxar
Ou no cavalo de esteira
"Do chão não passa" - desculpas
Fui caindo, caindo, caindo
Quando tinha cavalos bons, pensei (pensou)
Que seria profissional, mas
Descobri que sem a proteção de
Um capacete, foi levado ao hospital da capital
Para ver o que (eu) tinha, eu então fui (foi)
Operado na cabeça
Do profissional fui (foi)  ser amador
Hoje tenho (tem) do cavalo medo
De correr sem proteção

Assinado : Marcos Barreto Viana
Data : 03/10/1999.

Meu irmão amado deixou escrito esta música, interessante que é a história dele e a doença, ele sempre acreditou que foi motivada pela queda do cavalo.
Ele escreveu de lápis e tem correções que foram feitas de caneta.

O que mais admiro é que ele vivia em sintonia com os animais, sempre gostou desde pequeno, principalmente dos cavalos. Quito e os cavalos eram um complemento, cavalos que só ele conseguia montar, cavalos que só ele conseguia pegar no meio da manga andando e montava em pelo (sem a sela e cabestro).

Um ser iluminado que nos deixou muito cedo.


Natal em Itaquara


Na Vista Chinesa - Rio
Meu lindo - em Conquista
A família reunida no Reveillon do Rio - 2013

Um vaqueiro autentico - no Hospital



2 comentários:

Bel B disse...

Não conhecia esta poesia... Quito ainda me surpreende...

Bel B disse...

Corrigindo, Quito ainda surpreende a todos nós.
A poesia foi encontrada dentro de um livro no Brejão. Ninguém conhecia.

Casamento de Amelinha e Arlindo - 1947

Casamento de Amelinha e Arlindo 1 - Maria Rosa Andrade 2 - Nicácia Andrade 3 - Amelinha Barreto 4 - Arlindo Martins 5 - Cecília Martins 6 - ...