sábado, novembro 19, 2022

Sobre aniversários e presentes….

Aniversário de Dilza, festança por aqui.  Provavelmente festança também no andar de cima: aniversário de tia Amelinha. Ela e tia Nica disputavam quem teria a maior festa. Nessa tradição de festas e aniversários a herança ficou para a família Viana. Todo dia temos notícias das festas que rolam em Conquista. Mas claro que a verdadeira herdeira é, sem dúvidas, Anete.

Eu nunca fiz uma festa no meu aniversário. O máximo era sair  para jantar ou almoçar fora, muito mais para sair, para conhecer um novo restaurante que para comemorar. 
Minha mãe, que era professora, não dava aulas no seu aniversário, para não receber parabéns e para não participar de festinhas que os alunos preparavam.   Ela não gostava e eu não entendia… mas enfim, criança aprende o que vê e repete, ou fica traumatizada e faz o oposto. 

Os Barretos, de modo geral, não curtem os próprios aniversários! … Noelia quis fazer o seu de 80 para satisfazer a torcida, e não deu certo. 
Aniversários lembram presentes, grande problema para os Barretos, que também não curtem presentes, em nenhum dos sentidos: dar ou receber. Principalmente comprar presente por obrigação social.
A teoria é que o verdadeiro presente é quando  você vê algo que lembra uma pessoa, então compra e a presenteia.  Não precisa ser coisa cara, só precisa ser a cara da pessoa. 

Tia Amelinha, sempre exceção, além de  gostar de aniversários, gostava de presentear e sabia fazer isso muito bem. Há pessoas que gostam de presentear, têm dinheiro, mas não sabem escolher, ou melhor escolhem o que gostam sem pensar no perfil de quem vai receber.
Tia Amelinha quando viajava costumava trazer várias lembrancinhas, não caras, mas sempre interessantes. Destes, acho que ainda tenho um cartão lente de aumento, ótimo para quando começamos a ter dificuldade de ver de perto e ainda não assumimos os óculos.

Enfim, aniversários, presentes, vale tudo... cada qual comemora do seu jeito. O mais importante é valorizar o essencial, que é estarmos aqui vivos.

Isabel - 14/nov/2022

Isabel, com sua observação apurada, você fez um relato interessante e verdadeiro sobre o comportamento da família em relação a aniversários e presentes. 
Gostaria de completar a lista dos “presenteiros”, que dou mais crédito aos Andrades do que a qualquer outra família do grupo Caravana de Alegria. Quem não se lembra dos ralos de folha de lata de vovó Cecília? Era um acessório obrigatório em cada cozinha, além do corante que ela preparava e distribuía quando tinha urucum. 

Todos nós já ganhamos presentes, uns mais outro menos, mas as lembranças de Amelinha, geralmente acessórios de cozinha, souvenir e panos de crochê também ficaram na história. E os panos de pratos e de crochê de tia Noe e tia Norma?

Lembro que certa feita, Nicácia chegou em Dias D’Ávila vinda do Ronco. Abriu sua bolsa de viagem, tirou um pacotinho com algumas folhas, me deu duas e falou como plantar. Era a flor de cera, uma das plantas mais bonitas que já tivemos lá. Todo ano, à noite, seu perfume chegava até a varanda. Hoje temos duas flores de cera em casa, não floriram até agora, mas não perco a esperança.
Minha flor de cera tem quase 10 anos e ainda  não floriu, mas não perco a esperança.


Outra época, quando Ademário viajou para São Paulo com Mariana, minha mãe, Quinha, e vovó Nicácia ficaram comigo em Dias D’Ávila. No domingo, fomos visitar tio Saló na fazenda dele. Nicácia colocou logo algumas mangas e fruta pão na sua sacola de viagem. Quando chegamos na fazenda, ela deu algumas mangas e a fruta pão para tio Saló e, em troca, ele deu puba, bolo de puba e chimango, que ele mesmo fazia “para Dalva” (ele adorava cozinhar e, como homem, só podia fazer isto na fazenda, longe do esquema social da época). De lá, fomos à fazenda de Célia, filha de Tio Saló; Nicácia tirou outras mangas da sacola, deu para ela e recebeu maracujá em troca. Antes de retornar para casa, passamos pela fazenda de Vilma, onde Nicácia deu a ela um pedaço do bolo e recebeu manga. As mangas e fruta pão de Dias D’Ávila retornaram como outras mangas, puba, bolo de puba e maracujá. Além de “presenteira”, Nicácia tinha uma forma especial de presentear, valorizando o presente dado e o recebido. Nicácia sabia render as prendas!

Célia - 15/nov/22

Flor de cera me lembra vovó Nicácia, ainda me lembro que ela sempre tinha uma no apartamento da Graça. E essa saudade foi satisfeita recentemente quando ganhei algumas mudas que tia Noe trouxe da fazenda. Vingaram 4, estão na minha varanda.

Tem uma muda que desenvolveu mais que as outras, mas como as de Célia ainda não deu flor. Aguardando pacientemente.🌹🌸🌺🥀🌷🏵️

Anete - 16/nov/2022
  


Riqueza de relatos!!! 
Importante para nós nos reconhecermos nesta grande e abençoada família. 😍

Obrigado pelos “presentes”!!! 

Mauricio - 16/nov/2022

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