quarta-feira, junho 18, 2014

Coisas curiosas do Japão

Em novembro do ano passado, eu e Ademário fomos ao Japão. Por que Japão? Além da curiosidade do Oriente, o Japão é um dos países interessantes mais perto de Seattle (10 horas de voo, enquanto que para Europa a viagem é de 24 horas aproximadamente). O Japão é tudo que se fala e muito mais. Umas das coisas que nos surpreendeu foi o comportamento do povo (e haja povo!). As lojas (muitas lojas de departamento com grifes nacionais e internacionais, onde se pode passar todo o dia) são cheias de vendedores, atenciosos e risonhos. Acostumada a ter que procurar alguém para ser atendido na Macy’s (catedral de consumo daqui), lá me sentia até incomodada com o excesso de atenção. Para pagar, não se entrega o dinheiro ou o cartão na mão do caixa: coloca numa bandeja; após efetuar o pagamento, o caixa lhe entrega o cartão ou o troco com as duas mãos, um sorriso largo e agradecimentos. 
Outra coisa muito curiosa lá são os banheiros. Já conhecia a fama de higiene dos japoneses, inversa a dos franceses e dos ingleses. Na Europa, em geral, paga-se cerca de 0,50 cents de euro (quase R$ 2,00) para usar um banheiro público; nas lojas de departamento tem sempre um cuidador com um pratinho para coletar as moedas dos usuários. Nas cidades que andamos no Japão, encontram-se banheiros públicos em todos os lugares e lojas, sempre muito limpos e bem decorados. Mesmo em banheiros chiques, encontram-se vasos orientais (tipo vaso turco) e ocidentais a escolher.

Vasos sanitários ocidental e oriental

As tábuas dos vasos sanitários (ocidental) são, em geral, confortavelmente aquecidas. Além disso, tem um comando acoplado que fornece água, em jato ou spray, como uma ducha higiênica. Se achar pouco, há também um emissor de ruídos com volume regulável, para evitar que os outros escutem os sons do usuário durante o uso do vaso sanitário
Comando na tábua do vaso sanitário e ducha higiênica (seta azul - sumiu)
O único papel que existe nos banheiros é o papel higiênico nas cabines com os vasos sanitários. Para secar as mãos, só ar quente. Alguns banheiros não têm ar para secar as mãos, mas as japonesas sempre têm uma toalhinha na bolsa, que preferem usar. Os homens enxugam as mãos com o próprio lenço que carregam no bolso.

Com exceção do pequeno recipiente nas cabines dos sanitários femininos, não existem cestos de lixo nos banheiros e em nenhum outro lugar. É coisa rara encontrar um banheiro com papel para secar as mãos (só encontramos um, no lobby do hotel em Osaka).
Também se preocupam com as crianças. É possível encontrar cadeira para bebe nas cabines, vasos sanitários e mictórios e pia de tamanho adequado para os pequenos.


Para crianças nos sanitários femininos

Antes de falar do restante dos banheiros femininos, é preciso ficar ciente que as japonesas valorizam demasiado sua aparência: usam sempre sapatos de salto alto, saia curta, bolsa de grife, e adoram maquiagem. Os homens, não ficam atrás – usam sempre terno escuro, sapato e bolsa de couro, tudo de qualidade. A importância da maquiagem é tão significativa, que existem vagões nos trens e metrôs exclusivamente para as mulheres, para fazer ou refazer a maquiagem durante a viagem.
Nos banheiros femininos, é claro, não pode faltar um espaço adequado para esta “necessidade”: espelhos grandes e pequenos à vontade, prateleiras de vidro para colocar a bolsa e cadeiras confortáveis e até a raridade, cestos de lixo. 









Local para maquiagem nos banheiros femininos
Para finalizar, vale falar das quilométricas estações de trens e metrôs, com mais de 40 saídas, um labirinto. Em Tóquio, sem o mapa da estação, você para e chora, está simplesmente perdido. Em Osaka, por sorte as estações são menores, porque os mapas estão, na maioria, em japonês (pode ter também em chinês culto e chinês simples, mas raramente em inglês). 
Obs,: Confesso que estou apanhando para postar um texto com figuras no Caravana. Elas não me obedecem, o tamanho das fontes também não, mas felizmente o conteúdo parece estar intacto... 

4 comentários:

Bel B disse...

Tudo que leio sobre o Japão me impressiona. Pelo jeito, a gente muda até o conceito do que é um sanitário público... (5 estrelas).



art disse...

Gosto muito do Japão também, mas acho que a falta de instruções em inglês nos trens domésticos uma característica interessante. Nas noites que passei em Tókyo, saía do hotel (fiquei em um na beira da baia, lá no fundo) para jantar udon, e invariavelmente acabava conversando com outro engenheiro (é incrível a quantidade de colegas naquele país), aliás, 80% da mão de obra que administra é formada por engenheiros. Vale a pena dar um pulo em Kyoto (primeira capital japonesa) e visitar a fábrica de filmes deles, tem um godzila que sai de um lago a cada 15 minutos e solta fumaça, as crianças piram.

Mariana disse...

Adorei! Quem topa ir no Japao? 😁

Bel B disse...

Ivan e Joana irão para o Japão ainda este ano. Já estão providenciando vistos...

Casamento de Amelinha e Arlindo - 1947

Casamento de Amelinha e Arlindo 1 - Maria Rosa Andrade 2 - Nicácia Andrade 3 - Amelinha Barreto 4 - Arlindo Martins 5 - Cecília Martins 6 - ...