sábado, outubro 13, 2012

Eleições 2012 – Three Hills


Ser ou não ser político – eis a questão.
Quero contar nossa experiência política com a candidatura de Janete Barreto, a vereadora. Three Hills é uma cidade com população em torno de 5000 habitantes, 90% de pobreza instalada e cultura zero.

Havia necessidade de 110 votos para ser eleita. Por nossos cálculos,  teríamos em torno de 160 votos, no pessimismo, pelo menos 120. Votos de cabresto, entenda-se família e amigos próximos, 30.
Resultado: 35 votos.

A compra de votos na véspera da eleição chegou a R$400,00 o voto. Nós, família Barreto, não usamos esta técnica e jamais o faríamos. Queríamos eleições limpas, doce ilusão.

Acredito que em qualquer cidade pequena, nós que somos altamente técnicos, podemos fazer trabalhos sociais e produtivos que gerem renda e cultura para a população para que esta se autovalorize. Se pensarmos um bairro como Liberdade em Salvador ou outro populoso em cidades como RJ ou SP, isto seria impossível, mas acredito que em cidades pequenas poderíamos ser surpreendidos com grandes resultados.
Não sou político, sou idealista e otimista. Ser político é uma necessidade humana , não estou falando em busca ao poder a qualquer preço como vemos nas eleições.
Dar as costas aos fatos é pior que enfrentá-los.

O ponto positivo desta experiência foi a união das irmãs Jane, Janete, Jandira e Lucinha, todas atuantes na campanha. É claro que Janete ficou decepcionada com o resultado, mas acho que vale o aprendizado.
A nova JANETE depois das eleições...

Meu nome é Fernando Barreto.







8 comentários:

Anete disse...

Pois é, ganha eleição quem tem mais dinheiro e quem pode contratar empresa de marketing. Idealismo nunca existiu. O que vale é o interesse de cada um e quando julgamos que sabemos escolher um candidato, somos os mais iludidos. Não há ser humano perfeito, para fazer política em qualquer lugar do mundo tem que fazer acordos. O que fazer? Não sei......

Bel B disse...

Como sempre todos os problemas do nosso país sempre esbarram na falta de educação. Numa cidade destas pequenas onde o candidato tem acesso mais fácil aos eleitores no dia a dia, como fez Janete, tem-se a ilusão que pode dar certo uma campanha limpa. No final a falta de educação e a pobreza, são vencidas pelo dinheiro...

Igor Matos disse...

Politica não tem jeito ou parte para a técnica usada pela maioria, ou seja, compra de votos etc. ou então não leva. A máquina roda assim.

Fernando disse...

Mais importante que vencer é participar... e fazer. Não quero ser vitorioso com um quadro de corruptos...

Carolina Barreto disse...

Como afirma aristóles: "O homem é um animal político", e como tal utiliza a política durante toda a sua vida. Cada um faz a política da forma que acredita ou que melhor convier.
O pleito a cargos políticos tornou-se uma forma rápida e "lícita" de ascenção social e dominação.
Em uma cidade como Lafaiete desprovida de renda e educação, concorrer honestamente pode parecer e, é uma furada, mas não é necessário ganhar para fazer a diferença, hoje precisa-se muito mais de ideais, valores e trabalho do que de políticos partidários.

art disse...

Realmente lamentável

Luladasequacao disse...

Fernando, fiquei emocionado pelo seu artigo, ele confirma um artigo meu sobre "os herois da familia".

Nao concordo com os outros comentarios, ele focaram no problema da corrupcao eleitoral que na realidade e pano de fundo.

O que eu gostei do artigo foi em primeiro lugar voce relatar que as irmas trabalharam juntas. Em segundo lugar que aprenderam uma licao e Janete vai partir outra vez com mais conhecimento na bagagem. A nossa frustacao com corrupcao nao vai dar fim nisto, e uma forca da natureza. Temos que aprender e ser mais inteligentes para contornar o problema.

Passo aqui meus cumprimentos a voce pela atitudude positiva, peco transmitir a Janete se ela pensa do mesmo jeito, que acredito ser o caso pelo seu artigo.

Reclamar de Castello Branco, Costa e Silva, Figuereido, Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma nao leva a nada, vamos a luta!!!

Alvaro Risso disse...

Fernando, aqui em Fortaleza, o valor do voto estava em R$ 50, e era às claras. A nossa história, criada a partir de uma monarquia, faz com q o povo acredita q o país tem dono e não é ele. A burrice da venda do voto, é q o eleitor está recebendo uma parcela ínfima do montante q seria destinada a ele, se ele não o vendesse. Se o edil, desviar 40.000 do valor destinado à comunidade, esse eleitor recebeu apenas 1%. Claro q o desvio será infinitamente maior. O eleitor está dando um tiro no seu próprio pé pois ele não consegue entender q aquele dinheiro é dele e não do candidato. Infelizmente Deus deu um cérebro para todos (quase), mas uma parte não sabe usá-lo.

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