quinta-feira, julho 15, 2010

Marinheira de primeira " Blogagem"

Esta é minha primeira postagem, geralmente só faço comentários. Fico imaginando o que todos vão achar... mas aí vai. Aceito críticas (boas e más).


Aconteceu uma coisa muito engraçada, fui ao Extra da Vasco da Gama. Quando cheguei, a esteira rolante estava funcionando perfeitamente, fiz minhas compras e na saída.... nada de esteira... o rapaz me indicou uma rampa para descer na frente do mercado, peguei meu carrinho (cheio de compras) e fui..., no final da rampa o carrinho deu um solavanco e putz caiu um pacote. Adivinhe o que foi .... uma dúzia de ovos “de quintal”. Não ficou um inteiro......


Já mandei o texto de Danuza para várias pessoas por e-mail (segue abaixo para quem ainda não leu) , foi Lucinha, irmã de Ana Mira, quem me passou depois de ir lá em casa e me ver queixando da vida de hoje “politicamente correta”.

Não sei se estas queixas são da idade, a gente vai ficando mais velha e mais chata, ou se realmente a vida está ficando chata com tantas proibições.

Veja abaixo alguns itens que estão me incomodando atualmente.....

1 - Alterar o modo que falamos (onde fica nossa liberdade de expressão ???????) ex: Anão agora é pessoa verticalmente prejudicada; Gordo agora é uma pessoa com problema de saúde, colesterol alto, etc.....; Preto é Afro-descendente. As pessoas hoje só podem ser bonitas, magras, perfeitas e se sair deste estereótipo ninguém pode falar nada.... Esparadrapo na boca, pense mil vezes antes de falar, pois pode ser processado e preso.


2 – Só no Brasil mesmo... alterar o padrão de tomada para um que não segue nem o padrão americano nem o europeu. Mandar todos os cabos antigos para o nosso presidente seria uma vingança perfeita. E haja venda de adaptador.


3 – Cadeirinha de bebê obrigatório em todos os carros, menos nos ônibus (olha o lobby aí gente), os taxis não sei se é obrigatório....

É brincadeira! Não podemos dar carona a uma criança se ela não carregar sua cadeirinha a tiracolo..... Creio que ainda somos um país que tem pobres. Crianças que não tem cadeirinha, só de ônibus ou andando.

4 – O polêmico bafômetro...tolerância zeroooooo. Quem vai pagar meu táxi? Já estou pensando em parar de beber, aliás, ficar sem sair de casa.

5 – Vou ficando por aqui.... por hoje é só.




TEXTO DE DANUZA LEÃO

"Uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só."
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK? Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . . .
"Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo."

8 comentários:

Bel B disse...

Será " a primeira postagem a gente nunca esquece "? Só espero que não seja a única!...
Concordo com você, este politicamente correto, já encheu o saco! e este texto é realmente a sua cara: PRAZER PELA METADE, na realidade é da jornalista Leila Ferreira, e o ator é Clive Owen embrulhado pra presente. Trocaram o ator e tiraram a roupa. Coisas de Internet.

Unknown disse...

Pois é, já achei PUDIM, de Martha Medeiros, praticamente o mesmo texto, mas vou ficar com Leila Ferreira...rs...rs...

Esqueci de falar das barracas de praia de Salvador... fica para depois.

Betty Boop disse...

eu tb fiquei meio assim....mas comecei a perguntar ao povo se tava bom...essas coisas....pq se vc ficou assim sendo da família....imagina eu q sou agregada!!!heheheheheh!!

eleusa disse...

A tua história me fez lembrar de uma colega que foi trabalhar levando a marmita e na hora de passar na roleta para pagar o motorista freou bruscamente e feijão, arroz voou por cima dos passageiros. Que situação!!!

Igor Matos disse...

Anete vc matou a pau. Bem vinda, e continue escrevendo. Da proxima vez evite o rosa como cor da letra.

Beijao.

Igor

PS. Diego est'a nota mil, adoramos ele. Espero que ele apare'ca novamente. E vc n~ao vem visitar os States?

Anete disse...

Já mudei a cor....
Agradeço muito por terem recebido o meu filho.
Vou ver se consigo tirar o visto para ir pegar Diego no final do ano.

Ivana disse...

Bem Anete,

O jeito mesmo é a gente ir levando sem pensar muito nessas coisas para não entrar em depressão. Eta vidinha danada essa nossa! Que geração é essa? As vezes me sinto aquela mulher do Admirável Mundo Novo lembram? Morreu sem se adaptar a nova vida! E estamos apenas na faixa dos 50! O jeito é tomar água de coco e ficar na sombra porque o sol pode queimar a pele. Você se esqueceu do filtro solar!

Unknown disse...

Se puxar pela memória ainda temos que agradecer, pois mesmo com estas proibições teve o avanço na tecnologia, que facilitou muuuiiito a nossa vida. Imagine no tempo de vovó, não tinha o "politicamente correto" mas em compensação andava na cangalha de um burro..rs...rs...

Casamento de Amelinha e Arlindo - 1947

Casamento de Amelinha e Arlindo 1 - Maria Rosa Andrade 2 - Nicácia Andrade 3 - Amelinha Barreto 4 - Arlindo Martins 5 - Cecília Martins 6 - ...