Para quem gosta de viajar vale a pena fazer pelo menos um
Cruzeiro. É impressionante o tamanho do navio, a organização, o marketing, a
beleza, o luxo. Não é uma viagem para conhecer lugares e sim curtir o navio. Nos
portos que paramos Montevidéu, Buenos Aires e Punta del Este, o tempo nos
permite no máximo um City Tour.
O nosso navio Splendour of the Seas é americano, fabricado
na França. Segundo Fernando, americanos e franceses não gostam de banho, então
os banheiros da cabine são bem pequenos, mas a cabine é muito confortável. Cama
ótima, ar condicionado e ainda somos ninados pelo balanço suave da navegação.
Realmente não dá para sentir que se está viajando.
Todas as noites recebíamos um jornalzinho com as atividades
do dia seguinte. A partir das 9:00 da manhã tem programação até tarde da noite.
Ginástica, aeróbica, zumba, dança. Promoções de vendas no Free Shop. Todos os
dias a partir da 10:30h há um produto com desconto: perfumes, óculos, relógios,
etc... A noite sempre uma festa temática
– Anos 60, Anos 70, Anos 80, Festa Junina, etc... Tem cassino e tem bingo. Tem
espetáculos no teatro e cinema no telão da piscina. Spa e Academia. Pista de
corrida. Mine Golf. Enfim, o dia passa e a gente nem sente.
No interior do Navio |
Toda noite tem festa |
É um espaço democrático, gente de todas as idades, de meses
a 90 anos. Cadeirantes e pessoas com deficiência. Havia 2200 passageiros com 700 tripulantes,
estes de todos os continentes dos mais diversos países, sendo 200 brasileiros.
Nem facebook, nem whatsapp. Como não há internet, ou melhor,
eles até que vendem o serviço mas não funciona, então vemos as pessoas
interagindo em vez de olharem para os celulares.
A comida muito boa, principalmente o jantar num restaurante
fino e muito bom serviço. No almoço há sempre um prato do dia que é feito a
beira da piscina: feijoada, paella, churrasco, moqueca, etc... além do buffet
bastante variado. A bebida pesa no
bolso, pois a moeda é dólar. Bom porque não dá para beber muito...
A única queixa foi a chegada em
Santos. Um caos! Não há um terminal específico para passageiros. Imaginem o
desembarque de 3 navios ao mesmo tempo, num terminal que não comporta e todos
circulando com malas enoooormes... Um sufoco!... Até encontrarmos a van que nos
levaria de volta a São Paulo, foi realmente um estresse. Nada demais para quem
passou 8 dias de relax de alto nível. Valeu!...
Perdendo vinte dólares no Cassino |
Notas da viagem:
1)
Bete não embarcou. Infelizmente pegou uma virose
na véspera da viagem.
2)
Em São Paulo fomos levar Lucinha para conhecer a
Av. Paulista e ainda estávamos na estação do metrô quando vimos a confusão na
rua. Protesto. Polícia. Gás Lacrimogêneo.
Parecia que estávamos em 1968!... Resultado, voltamos para a estação
República e fomos comer pizza.
3)
No sábado, véspera do embarque, Lucinha fez um
tour pelo Centro de São Paulo, bem assessorada por Álvaro e acompanhada por
Fernando. Depois, todos nós participamos de um Churrasco pelo aniversário de
Raul.
4)
No sábado a noite eu, Eleusa e Lucinha fomos ao Salão de Beleza
arrumar os cabelos para o embarque no dia seguinte. Na saída, chuva. E agora?
Não podíamos perder nossas escovas. O jeito foi andar com um saco plástico na
cabeça. O que não se faz pela vaidade!...
5)
No navio eles tiram fotos nossas o tempo todo e
depois vendem por $16,00 cada uma. Nenhum de nós comprou, obvio. Mas uma noite
tirei uma foto da foto que estava no painel e tomei uma bronca...
6)
No desembarque em Santos, Álvaro foi abordado
por um dos passageiros do nosso navio, que o ameaçou dizendo que ouviu Álvaro
falar que Iara (1 ano), filha de Daniela, ainda ia apanhar muito. Viva o PT e a Lei da Palmada!...
5 comentários:
Uma semana vivendo um verdadeiro mundo da fantasia. Fantástico. A comelança foi grande. Só lamentamos a ausência da Bete.
Opa!! quem disse isso fui eu, Eleusa.
os comentários acima são de Eleusa. Meu login ficou aberto no computador dela em SP.
Tia, realmente essa viagem foi otima. Vou colocar umas fotos.
O desembarque traumático não é uma prerrogativa de Santos. Quando desembarcamos em Copenhagen, ao mesmo tempo que mais outros três navios, foi um verdadeiro caos. O trânsito parou. Muita gente, com horário de voo apertado, teve que andar (arrastando a mala) quase três quilômetros para vencer o engarrafamento e encontrar a estação de trem mais próxima. A viagem, no entanto, valeu muito.
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