quarta-feira, junho 30, 2010

O FABULOSO CHARLES CHAPLIN


Charles Chaplin dispensa apresentações. Quem não conhece Carlitos, o Vagabundo, de bengala e chapéu côco? Trapalhão e maltrapilho?. Eu, como todo cinéfilo que se preza tenho minha lista “os mais mais de todos os tempos”, onde incluí Luzes da Cidade. Só para lembrar é aquela história em que Carlitos se apaixona por uma jovem vendedora de flores, deficiente visual. Ele vai em busca de dinheiro para uma cirurgia que iria restituir a visão à jovem florista. O filme tem emoções fortes, como também, situações hilariantes. Tem algumas cenas antológicas, como a que faz a florista confundir o vagabundo com um milionário.

Tempos Modernos é outro clássico do cinema, até hoje usado nas palestras de Ergonomia, para mostrar os problemas gerados para os operários na indústria, com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É aquela famosa cena onde Carlitos aperta parafusos de forma contínua e ininterrupta numa esteira rolante, e quando termina o turno ele continua repetindo os mesmos movimentos.

Enfim o filme é uma crítica a sociedade capitalista e a cena de abertura também é inesquecível, compara os trabalhadores a um grupo de ovelhas.

Minha neta Beatriz gosta de ver desenhos animados na tv desde 1 ano de idade. Aos 4 anos, ela ocasionalmente dormia na minha casa e por isto eu tinha 2 dvds de desenhos que vimos e revimos várias vezes. Eu, cansada daquela repetição, um dia, sugeri outro filme e coloquei O Circo de Charles Chaplin. A princípio ela resistiu um pouco, mas a partir da cena em que Carlitos come o sanduíche na mão de um garoto que está no colo do pai, ela ficou completamente atenta até o final. Apenas comentou que esqueceram de pintar aquele filme. No dia seguinte queria vê O Circo novamente e assim foi.

Após inúmeras repetições Bia descobriu que eu tinha outros filmes de Chaplin e queria vê-los, apesar de eu não haver incentivado. Enfim, uma noite, coloquei Luzes da Cidade, pensando que ela dormiria logo. Ledo engano. Viu o filme até 10h da noite, completamente desperta. Daí em diante ou era o filme do circo ou o filme da cega. .

Resolvi então comprar O Garoto, outro filme de Chaplin, o qual eu me lembrava muito pouco. Vimos o filme juntas e eu comentei que este não era muito bom e ela concordou. Na semana seguinte ela queria ver um filme. “O do circo ou o da cega?”– perguntei apressada, ela respondeu que queria O Garoto. Eu, novamente, “O Garoto? Nós nem gostamos muito deste. Não adiantou, ela queria O Garoto. E agora eram 3.

Não esperem que eu diga que minha neta é um prodígio. O mérito é de Chaplin. Num domingo em que havia vários convidados em minha casa, sob o comando de Bia, de repente estavam todas as crianças (4 ou 5) concentradas assistindo O CIRCO, além de alguns adultos de carona. Surpreendente que em pleno século XXI, do som e da imagem, das cores, da internet, dos vídeo-games, dos desenhos em 3D, um filme mudo e sem cor consegue despertar e prender a atenção de crianças. Incrível. Coisa de gênio!.

2 comentários:

art disse...

Bel,fico pensando se Antonio irá gostar de Chaplin, foi uma boa dica. Mas acho que vou começar por tempos modernos (não sei se ele assiste o filme todo também).

Betty Boop disse...

Bom, eu como boa mãe, vou dar o mérito todo a Bia!! Ela sempre foi precoce...até hoje quando tem aulas de inglês fico impressionada com a facilidade da pronúncia...PERFEITA!!
Então esse lado cultural, que vamos dizer não puxou a mãe....deve ter herdado ou dá própria avó ou do pai!! Bom como isso é um comentário e não um POST...Bia realmente ARRASOU!! E ainda está se mostrando uma líder!!heheheheh!!
Rose

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