Corre lá pelas bandas dos estrangeiros, uma história que não pode passar
desapercebida pelos moradores destas paragens.
Conta-se, "causo" ouvido por este escriba e que garante ser
verdadeiro pela idoneidade do narrador, que um conhecido pescador profissional
daqui, em viagem de turismo por aquele país, mas devido a esta história, dá
para perceber que a viagem era de negócio, resolveu se equipar com os mais
modernos e tecnológicos equipamentos de pesca.
Para tanto, contratou um "consultor sênior" em assunto de pescaria, para indicar e acompanhá-lo nas aquisições necessária. A confiança que esse consultor desperta nem precisa se comentar, pois o mesmo é sobrinho e anfitrião do tal pescador profissional.
Para tanto, contratou um "consultor sênior" em assunto de pescaria, para indicar e acompanhá-lo nas aquisições necessária. A confiança que esse consultor desperta nem precisa se comentar, pois o mesmo é sobrinho e anfitrião do tal pescador profissional.
O consultor, com amplo conhecimento dos meandros do mercado local,
levou-o à Meca dos pescadores profissionais como ele, aliás não como ele, já
que ele não se compara com esses pescadores de finais de semana. Ele é "O
PESCADOR" !
Lá chegando, por não dominar o idioma nativo do país (ele é especialista
na linguagem dos peixes), usou o consultor para a comunicação com o atendente
da loja. Por sinal, a loja era enorme, de tal forma, que possuía desde barcos
até anzóis de piaba, além de cadeiras para se colocar em árvores, enquanto o
profissional da pesca aguardava a boa vontade dos viventes das águas.
Quando o consultor falou da necessidade do seu acompanhante, o vendedor
abriu um largo sorriso, já pensando na venda que iria fazer. Barcos, motores,
sonares para detecção de cardumes, redes de várias tramas, freezers para
conservação do resultado da pescaria, enfim, o seu salário do ano estava
garantido.
Aí, o pescador disse que queria tudo de melhor que ele tivesse, começando pela
vara de pesca, ao que o vendedor perguntou (devidamente traduzido pelo
consultor):
- A pesca é em alto-mar ou em rio?
Traduzida a pergunta, o pescador sentiu o baque, mas não perdeu a pose e
respondeu:
-Rio. O vendedor no mínimo imaginou um Amazonas.
Próxima pergunta devidamente traduzida:
- Vai ser usada em barco ou a partir da margem?
Depois de confabular em voz baixa com o consultor, este responde ao
vendedor:
- Da margem. Nessa altura o vendedor já diminuiu o tamanho do rio, e apresentando as várias opções desse equipamento, pergunta:
- Molinete com embreagem hidráulica ou mecânica?
- Qual o MELHOR? perguntou o consultor.
- Hidráulica, responde o vendedor já pegando alguns tipos na prateleira.
- E a linha? pergunta o pescador já olhando as várias opções penduradas
na gôndola, ao que o vendedor retruca com outra pergunta:
- É para peixes com mais de 100 quilos e ou menos?
Nova confabulação e finalmente o consultor fala do tipo dos peixes:
lambarís e piabas, ao que o vendedor exclama:
- AH, ESSA LINHA EU LHE DOU DE BRINDE!
A placa na porta da loja resumia a cena:
6 comentários:
Isto é incrível! Depois dessa, o "Profissional" deveria se recolher a sua insignificancia e sair de fininho. kkkkkkkkk
E os equipamentos comprados em 2010, até hoje não foram usados...
Crédito da foto vai para Igão.
A inveja é pecado........
Estou escrevendo minha história.
Fernando
Igor, cabe a vc não só a foto que ilustra o texto como também a descrição do fato.
Não me comprometa.
Igão.
Postar um comentário