quinta-feira, dezembro 09, 2010

Onde deixei meus óculos? (para >s 40)

A partir dos 40 anos, entre outras coisas, aparece a necessidade do uso de óculos para perto. É a chamada “presbiopia”, conhecida popularmente como vista cansada, é um processo progressivo, relacionado à perda da habilidade do olho em focalizar objetos próximos. Para quem já usa óculos por outros motivos, o transtorno se dá apenas até a pessoa acostumar com as lentes multifocais, para os outros, meu caso, a confusão está armada, pois não dá para usar óculos tempo integral.

Acontece que no momento em que se adquire um óculos para perto deveria vir junto alguns GIGAS de memória...
“Onde deixei meus óculos???”
“Onde deixei meus óculos???”
Após muita perturbação resolvi esta questão comprando vários exemplares daquele que a gente compra no camelô, um deixo no banheiro, outro na mesinha de cabeceira, na bolsa, no computador...
Mas o problema estava só começando. E onde deixei minhas chaves? meu celular? meu título de eleitor? que dia vence as contas? quando é o exame médico? Será que estou com Alzheimer?
Noélia me disse que guarda coisas importantes tão bem guardadas que nunca mais as encontra. Já passei por isto também e quando procuro uma coisa “guardada”, termino encontrando outra que estava perdida há muito tempo.
Depois de muitas frustrações, resolvi ler sobre o assunto e uma explicação interessante é que não fomos feitos para viver tanto tempo, porém somos teimosos. E felizmente, inteligentes, para superarmos estes entraves. Por exemplo, quando começamos a ficar feios, passamos a não ver bem, a natureza como sempre, sábia. Teimosos, criamos os óculos e para compensar o botox....
A tecnologia atual dos exames do cérebro já permite aos neurologistas estudar o seu funcionamento. Há várias pesquisas em andamento para superar este problema. Vejamos alguns exemplos, extraídos do livro ONDE DEIXEI MEUS ÓCULOS? De Martha Weinman Lear:

“* Pílulas inteligentes para melhorar a memória e a cognição em geral, estimulando quimicamente os neurotransmissores do cérebro.
* Procedimentos invasivos: diferentes manipulações elétricas e químicas para aguçar as lembranças boas, enfraquecer as ruins e até – está preparado? – deixar você com lembranças gloriosas de experiências que nunca teve.
* Intervenções genéticas: manipulação de genes ligados à memória.
* Implantes no cérebro: um chip de computador implantado na cabeça, para o qual você possa fazer download de qualquer coisa.”

Que legal!. Se vamos para o Japão, colocamos um chip de japonês na cabeça e é só fazer o download...rsrsrs
Enquanto estes recursos não estão disponíveis, vamos quebrando o galho com o que temos e já é muito mais que nossos avós. Temos o Google que é uma extensão de nossa memória e os i-phones, i-pads, etc... E o mais simples que já aderi - os post-it (papel lembrete). Colo os recadinhos para mim mesma no painel do carro, na mesa, na geladeira.... Muito eficiente.
Achei interessante também uma explicação sobre o funcionamento da nossa memória -diferentemente de um computador, quando trazemos uma lembrança do passado do nosso “banco de dados” ela é regravada de volta de forma diferente. Isto de forma inconsciente, acrescentamos detalhes, crenças, valores, do nosso momento atual. Então duas pessoas que viveram um acontecimento, depois de muitos anos, contam a história completamente diferente. Coisa comum entre casais. Nenhum dos dois está mentindo, claro, está contando sua versão.... Melhor ainda: em vez de uma história, temos duas.
Concluindo, o importante mesmo é não perder o bom humor.

DICAS:
Livro: ONDE DEIXEI MEUS ÓCULOS? - Martha Weinman Lear
Filme: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças




4 comentários:

eleusa disse...

Eu aprendi com Bel o recurso de vários óculos, um em cada ambiente da casa. Hoje tenho 5. Que maravilha!

Anete disse...

Como sofri depois dos 45..... Ápos precisar do multifocal voltei para minha oculista duas vezes, sempre achando que o grau estava errado, passei um ano sem conseguir trabalhar direito.
Se estava no computador, tinha que tirar o óculos e encostar a cabeça na tela (como estou agora - deixei o outro óculos no trabalho - sou miope, logo enxergo ainda de perto sem óculos).
Minha salvação foi uma promoção nas Óticas da Gente, comprei um e ganhei duas armações, a atendente falou da lente de aproximação - que foi a melhor coisa que me aconteceu, consigo trabalhar tranquila no computador com ele, mas não enxergo muito bem de longe, na saida tenho que lembrar de trocar o óculos pelo multifocal.

Anete disse...

Corrigindo...após

Igor Matos disse...

Esse negócio de esquecer está de lascar, eu perdir meu carro no estacionamento da Dow duas vezes esta semana, tô ficando velho.

Casamento de Amelinha e Arlindo - 1947

Casamento de Amelinha e Arlindo 1 - Maria Rosa Andrade 2 - Nicácia Andrade 3 - Amelinha Barreto 4 - Arlindo Martins 5 - Cecília Martins 6 - ...